Quenianos protestam contra voo proveniente da China
Nairobi, Quénia (PANA) – Os Quenianos protestaram quarta-feira, nas redes sociais contra a decisão do Ministério da Saúde de autorizar a aterragem do voo da companhia aérea “ China Southern Airlines”, com 239 passageiros a bordo, depois de recusar a mais de 100 Quenianos da cidade de Wuhan, afetada pelo coronavírus, a autorização de regressar à sua pátria.
Pelo menos 100 estudantes quenianos retidos em Wuhan, o epicentro da atual epidemia do coronavírus, rebatizado COVID-19, pediram o seu regresso ao país, mas o Governo queniano insiste no facto de ser melhor que os estudantes fiquem na China até que a urgência sanitária seja ultrapassada.
"O Ministério da Saúde está em estado de alerta para assegurar que não existe um caso de importação do COVID-19 no país”, declarou num comunicado que anuncia a sua decisão de autorizar 239 cidadãos chineses a entrar no país sem controlo.
Os funcionários do Ministério queniano da Saúde investigaram até agora sobre 17 pessoas para o COVID-19, principalmente as que viajaram a partir da China.
O Ministério da Saúde declarou que, após a retomada dos voos chineses, autorizou a aterragem do avião com os seus 239 passageiros, no Quénia, e a entrada de todos os passageiros, com a precaução de que eles estarão colocados em quarentena durante 14 dias.
A decisão tomada no dia em que o segundo caso confirmado do vírus foi assinalado, na Argélia, num viajante italiano, continuou a alimentar os debates para os utilizadores quenianos das redes sociais.
Houve alertas falsos de cidadãos chineses que se apresentaram nos hospitais com sintomas de tipo gripal, mas nenhum dos casos assinalados foi confirmado de maneira positiva.
Alguns comentadores afirmaram que os relatórios segundo os quais a composição genética africana é em parte resistente ao vírus destina-se, em parte, a tornar as autoridades sanitárias complacentes.
-0- PANA AO/VAO/ASA/JSG/FK/IZ 27fev2020