Quénia repatria vítimas indianas de tráfico de seres humanos
Nairobi, Quénia (PANA) – A Justiça queniana ordenou o repatriamento imediato para a Índia e o Nepal das cinco mulheres vítimas de um cartel internacional de tráfico de seres humanos que opera no país.
O juiz Weldon Korir, do Alto Tribunal do Quénia, decidiu que o Governo queniano deve trabalhar com as missões diplomáticas daqueles dois países para concluir o repatriamento das cinco mulheres, das quais três nepalesas e duas indianas.
As cinco mulheres foram salvas da exploração sexual e do trabalho forçado durante um assalto lançado, em agosto último, em Nairobi, contra um local de lazeres.
A organização humanitária HAART, no Quénia, depositou uma petição junto do Tribunal para denunciar a negligência do Governo e as violações dos direitos das cinco mulheres depois de elas serem arrancadas das mãos dos traficantes.
Os polícias quenianos da Unidade de Luta contra a Criminalidade Transnacional Organizada detiveram os presumíveis traficantes e pediram às vítimas para testemunhar contra eles.
No entanto, a encarregada do Programa de HAART no Quénia, Sophia Otiende, afirma que a estada forçada destas mulheres no Quénia representa uma violação dos seus direitos a uma vida privada em virtude das leis contra o tráfico de seres humanos.
O tráfico de pessoas para fins de exploração sexual e de trabalho forçado é agora frequente no Quénia, alimentado pelo crescimento da população de Quenianos de origem asiática.
Muitas mulheres são objeto de tráfico com destino ao Quénia, onde elas são obrigadas a praticar as danças asiáticas popularizadas pelos filmes de Bollywood, que são também cada vez mais apreciados localmente.
Várias dezenas de supostos traficantes de seres humanos estão a ser julgados por tráfico de pessoas para fins de exploração pelo trabalho.
-0- PANA AO/MA/NFB/TBM/FK/IZ 19dez2019