Agência Panafricana de Notícias

Quénia reforça segurança de diplomatas face a ameaças terroristas

Nairobi- Quénia (PANA) -- O Quénia prometeu reforçar o controlo dos interesses diplomáticos ocidentiais que são alvos potenciais de ataques terroristas, a fim de prevenir qualquer incidente, na sequência das recentes ameaças enviadas à Embaixada da Noruega em Nairobi.
O ministro queniano dos Negócios Estrangeiros, Moses Wetangula, declarou quinta-feira que o país era objecto de ameaças terroristas devido à agravação da insegurança na Somália, mas que estava persuadido de que a segurança no interior das fronteiras continuava no seu mais alto nível, prevenindo assim qualquer ameaça possível.
Wetangula garantiu aos diplomatas estrangeiros instalados no Quénia a sua protecção contra qualquer ameaça terrorista antes de afirmar que o Governo "leva a sério qualquer ameaça contra os diplomatas" Falando durante uma audiência concedida à embaixadora da Noruega no Quénia, Elisabeth Jacobsen, Wetangula sublinhou que o recente alerta de bomba na Embaixada da Noruega era obra de alguns elementos que "querem instalar o medo nos diplomatas".
Porém, segundo ele, o Governo queniano toma a sério estas ameaças, acrescentando que a Polícia Diplomática foi colocada em estado de alerta.
Ele pediu à comunidade internacional para que resolva a questão da Somália que reveste ramificações mundiais.
No entanto, para Wetangula, estas ameaças não podiam ser ignoradas, "pois elas são destinadas a assustar".
Ele instou os diplomatas a continuar determinados em ajudar a Somália a encontrar soluções para os problemas que o incomodam.
A embaixadora noruguesa reconheceu, por seu turno, que a segurança foi reforçada em torno da Embaixada, e afirmou o compromisso do seu Governo de continuar a apoiar a Somália nos seus esforços com vista a restabelecer a paz.
O Quénia colocou o seu Exército em estado de alerta máximo devido à intensificação dos confrontos na Somália, de que os responsáveis receiam o transbordo para o nordeste do Quénia.
Receia-se que os insurrectos somalís contratem jovens quenianos para se juntar aos confrontos em Mogadíscio, ao passo que este país é considerado como um lugar que alberga células terroristas utilizadas como terreno de treino para os terroristas da rede Al Qaeda na região.