Agência Panafricana de Notícias

Quénia convida Presidente sudanês para cimeira sobre IGAD em Nairobi

Nairobi, Quénia (PANA) – O Quénia convidou o Presidentes sudanês, Omar El-Bashir, a participar na reunião anual da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento ((IGAD), sobre nomeadamente as divergências entre o Sudão e o Sudão Sul, noticiou a imprensa local.

O ministro queniano dos Negócios Estrangeiros, Moses Wetangula, afirmou que a cimeira regional decorrerá em Nairobi, mas que ela poderá realizar-se « num outro lugar» para abordar as questões pendentes relativas ao estatuto de Abyei, no Estado de Kordofan Sul e do Nilo Azul, no Sudão.

O Quénia, que preside ao sub-comité da IGAD sobre o Sudão, põs-se numa confusão diplomática de alto nível após a recente decisão tomada por um juiz dum Alto Tribunal queniano de pedir às autoridades quenianas para deterem e entregar o Presidente El-Bashir ao Tribunal Penal Internacional(TPI) que emitiu um mandado de captura internacional contra ele.

Após esta decisão do Alto Tribunal queniano , o Sudão chamou de volta segunda-feira última o seu embaixador no Quénia e expulsando o do Quénia acreditado em Cartum, a capital sudanesa.

El-Bashir está procurado para responder pelas acusações de crimes contra a humanidade e de genocídio que ele teria cometido durante o conflito armado em Darfur, conturbada região ocidental dio Sudão.

« O Sudão é dirigido pelo Presidente El-Bashir e esperamos que ele tome parte neste encontro», declarou Wtangula.

Responsáveis quenianos declararam-se surpreendidos pelo mandado de captura contra o Presidente El-Bashir.

« O Governo do Quénia está totalmente consciente da preocupação criada pela decisão do Alto Tribunal (queniano) na República do Sudão que a considera como uma ofensa direta ao princípio cardinal da imunidade soberana, bem como à posição coletiva da União Africana (UA) sobre a questão », declarou, esta quarta-feira de manhã, o chefe da diplomacia queniana.

O Governo queniano exprimiu a sua "profunda preocupação" em relação à decisão « muito inoportuna » do Alto Tribunal, declarou Wetangula.

Ele acrescentou que «faremos o possível para que este acórdão não prejudique, de qualquer forma que seja, as relações cordiais e fraternas que existem entre o Quénia e o Sudão ».

-0- PANA AO/BOS/ASA/TBM/SOC/FK/DD 1dez2011