Agência Panafricana de Notícias

Quatro suspeitos de atentado contra ex-autarca da capital cabo-verdiana presos preventivamente

Praia, Cabo Verde (PANA) - O Tribunal da Comarca da Praia decidiu, no ultimo fim de semana,  que quatro dos oito suspeitos da autoria material do atentado de há três anos contra o então presidente da Câmara Municipal da Paia, Óscar Santos, devem aguardar o julgamento em prisão preventiva.

Outros três, que, segundo a investigação a decorrer, seriam os potenciais mandantes do atentado, ficam a aguardar o desenrolar do processo em liberdade mas sujeitos a Termo de Identidade e Residência, com proibição de saída do país.

O Ministério Público (MP) confirmou, em comunicado, que um terceiro arguido, cujos indícios de participação no crime foram enfraquecidos pelas provas apresentadas, ficou sujeito apenas aos deveres de arguido.

Na mesma nota, o MP esclarece que, de facto, correm termos no Departamento Central de Acção Penal da Procuradoria-Geral da República os autos de instrução, anteriormente registados na Comarca da Praia, nos quais se investigam factos suscetíveis de integrarem, por ora, a prática de um crime de homicídio agravado, na sua forma tentada. 

Em causa estão factos ocorridos, no dia 29 de julho de 2019, perpetrados contra o então presidente da Câmara Municipal da Praia.

No âmbito da referida investigação, que contou com a coadjuvação da Polícia Judiciária, foram realizadas várias diligências, tendo o Ministério Público recolhido indícios da verificação do crime sob investigação e dos seus agentes.

Nessa sequência, o MP emitiu mandados de detenção fora de flagrante delito e promoveu a realização de buscas domiciliárias.

Óscar Santos, que entretanto passou a ocupar o cargo de governador do Banco de Cabo Verde, em janeiro de 2021, foi baleado por encapuzados, por volta das 05:30 horas locais do dia 29 de julho de 2019, em frente a um ginásio que frequenta, no bairro do Palmarejo.

O edil foi atingido no braço direito e socorrido por funcionários do ginásio antes de ser transportado para o Hospital Agostinho Neto.

Na época, o Governo considerou o acto de “ignóbil”, que nada representa a imagem de Cabo Verde, que é um país onde a paz social prevalece, tendo apelado para a serenidade de todos, pois a “estabilidade social é o maior ativo do país, a proteger e cuidar”.

-0- PANA CS/IZ 09maio2022