PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Quatro em cada 10 adolescentes angolanas estão casadas, diz ministra
Luanda, Angola (PANA) - Quatro em cada 10 crianças dos 12 aos 17 anos de idade em Angola encontram-se casadas ou a viver em união de facto, revelou esta sexta-feira, em Luanda, a ministra angolana da Família e Promoção da Mulher, Filomena Delgado.
Segundo a ministra, as raparigas entram em relacionamentos mais cedo do que os rapazes, e um terço delas, dos 12 aos 14 anos, vivem com um parceiro 10 anos mais velho.
Filomena Delgado discursava na abertura de uma mesa redonda organizada pelo Ministério da Educação sob o lema ”Educação sexual abrangente e saúde reprodutiva para adolescentes e jovens".
Ela adiantou que as crianças das zonas rurais, principalmente nas províncias da Lunda Sul, do Moxico (leste), do Huambo, do Bié (centro) e de Malange (norte) são as mais vulneráveis aos riscos e consequências dos casamentos e gravidezes precoces.
As raparigas com nível de escolaridade mais baixo têm maior probabilidade de se casarem cedo, tendo sido demonstrado que o casamento precoce resulta sempre no abandono escolar, realçou.
De acordo com as Nações Unidas, o casamento e as gravidezes precoces privam as raparigas da vivência da sua infância, perturbam o seu processo educativo, restringem a suas oportunidades, aumentam o risco de sofrerem atos de violência e abusos sexuais e põem em risco a sua saúde.
Nos países em desenvolvimento, prossegue, 90 porcento dos partos de mães dos 15 aos 19 anos correspondem a jovens casadas, e as complicações relacionadas com a gravidez são a principal causa de morte de raparigas nesta faixa etária.
A este propósito, a ministra Delgado disse que, em Angola, a gravidez contribui para cerca de 7,5 porcento do abandono escolar ou não ingresso, sendo que cerca de três porcento dos casos de gravidez verificam-se entre os 12 e os 14 anos e sete porcento entre os 15 e os 17 anos.
Face a esta situação, lembrou, foi lançada, no ano passado, a campanha contra as gravidezes e casamentos precoces, numa ação conjunta entre os Ministérios da Família e Promoção da Mulher, da Educação e da Juventude e Desportos, com o objetivo de promover os direitos humanos das adolescentes e das jovens, a igualdade de oportunidades e beneficiar em pé de igualdade com os rapazes.
Promover um amplo debate sobre a sexualidade e saúde reprodutiva, reforçar o papel das competências familiares no seio das comunidades, destacando a responsabilidade das meninas, aumentar o trabalho de prevenção primária das doenças sexualmente transmissíveis, incluindo o HIV/Sida entre as mulheres, meninas e rapazes em idade reprodutiva fazem igualmente parte dos objetivos da campanha.
-0- PANA ANGOP/IZ 22jan2016
Segundo a ministra, as raparigas entram em relacionamentos mais cedo do que os rapazes, e um terço delas, dos 12 aos 14 anos, vivem com um parceiro 10 anos mais velho.
Filomena Delgado discursava na abertura de uma mesa redonda organizada pelo Ministério da Educação sob o lema ”Educação sexual abrangente e saúde reprodutiva para adolescentes e jovens".
Ela adiantou que as crianças das zonas rurais, principalmente nas províncias da Lunda Sul, do Moxico (leste), do Huambo, do Bié (centro) e de Malange (norte) são as mais vulneráveis aos riscos e consequências dos casamentos e gravidezes precoces.
As raparigas com nível de escolaridade mais baixo têm maior probabilidade de se casarem cedo, tendo sido demonstrado que o casamento precoce resulta sempre no abandono escolar, realçou.
De acordo com as Nações Unidas, o casamento e as gravidezes precoces privam as raparigas da vivência da sua infância, perturbam o seu processo educativo, restringem a suas oportunidades, aumentam o risco de sofrerem atos de violência e abusos sexuais e põem em risco a sua saúde.
Nos países em desenvolvimento, prossegue, 90 porcento dos partos de mães dos 15 aos 19 anos correspondem a jovens casadas, e as complicações relacionadas com a gravidez são a principal causa de morte de raparigas nesta faixa etária.
A este propósito, a ministra Delgado disse que, em Angola, a gravidez contribui para cerca de 7,5 porcento do abandono escolar ou não ingresso, sendo que cerca de três porcento dos casos de gravidez verificam-se entre os 12 e os 14 anos e sete porcento entre os 15 e os 17 anos.
Face a esta situação, lembrou, foi lançada, no ano passado, a campanha contra as gravidezes e casamentos precoces, numa ação conjunta entre os Ministérios da Família e Promoção da Mulher, da Educação e da Juventude e Desportos, com o objetivo de promover os direitos humanos das adolescentes e das jovens, a igualdade de oportunidades e beneficiar em pé de igualdade com os rapazes.
Promover um amplo debate sobre a sexualidade e saúde reprodutiva, reforçar o papel das competências familiares no seio das comunidades, destacando a responsabilidade das meninas, aumentar o trabalho de prevenção primária das doenças sexualmente transmissíveis, incluindo o HIV/Sida entre as mulheres, meninas e rapazes em idade reprodutiva fazem igualmente parte dos objetivos da campanha.
-0- PANA ANGOP/IZ 22jan2016