Quatro altos funcionários da OMS declarados "persona non grata" no Burundi
Bujumbura, Burundi (PANA) - Quatro altos funcionários da Organização Mundial da Saúde (OMS) foram declarados “persona non grata”, por decisão do Ministério dos Negócios Estrangeiros, soube-se fonte diplomática, em Bujumbura.
As personalidades afetadas por esta medida são Walter kazadi Mulombo, representante residente da OMS no Burundi; Tarzy Daniel, Ruhana Murindi Basimwa e Jean Pierre Mulunda Nkata, consultores da organização, em Bujumbura.
Através de uma nota verbal, o Ministério burundês dos Negócios Estrangeiros comunicou à Representação da OMS para África, em Brazzaville, capital congolesa, que os quatro altos funcionários devem deixar o território nacional, antes de 15 de maio de 2020.
Outras fontes em Bujumbura indicam que a comunicação passava dificilmente entre as autoridades sanitárias do país e a representação da OMS sobre a gestão da pandemia do novo coronavírus (covid-19), no Burundi.
As autoridades burundesas não querem geralmente assustar a população numa altura em que o país se prepara para novas eleições gerais, nomeadamente o escrutínio presidencial de 20 de maio próximo.
Por outro lado, os mercados, os transportes públicos, os lugares de culto e de lazeres, as escolas e a universidade permanecem abertos ao público, apesar das ameaças crescentes do vírus.
O Burundi anunciou recentemente oito novas contaminações, elevando para 27 o número de casos oficialmente declarados positivos desde o surto da pandemia, em finais de março último.
Noutras partes do Mundo, o acantonamento das populações foi uma das soluções radicais para conter a propagação do vírus.
Atualmente, o balanço mundial dá conta de mais de quatro milhões 478 mil casos de covid-19 para quase 300 mil mortes e perto de um milhão 682 mil curas.
Vários países começaram a levantar progressivamente as medidas restritivas decididas para conter esta terrível pandemia nos planos humano e económico.
-0- PANA FB/IS/FK/IZ 14maio2020