Túnis, Tunísia (PANA) – A fuga de cérebros afeta cada vez mais diversos setores de atividade de ponta na Tunísia, com um balanço de quase três mil engenheiros que abandonam o país cada ano para a Europa.
Segundo o decano da Ordem dos Engenheiros Tunisinos (OIT), Oussam Khariji, um dos principais motivos da fuga dos quase três mil engenheiros tunisinos para a Europa são "os baixos salários" que eles recebem no seu país.
As estatísticas da OIT dão conta de quase 10 mil engenheiros tunisinos que deixaram a Tunísia nos últimos quatro anos.
"Os salários mensais propostos para os engenheiros no estrangeiro são atrativos e oscilam entre dois mil e 500 e três mil euros, enquanto, na Tunísia, eles percebem entre 600 e mil e 200 dinares por mês”, notou o responsável tunisino numa declaração quarta-feira à imprensa.
O decano da OET indicou, por outro lado, que os engenheiros em informática são os mais procurados nos países europeus, acrescentando que a Câmara Sindical dos Engenheiros Informáticos Tunisinos projeta fazer adotar uma convenção para melhorar a situação dos engenheiros.
Antes, a Ordem dos Médicos deplorou igualmente a fuga em massa dos especialistas tunisinos em medicina para o continente europeu e os países do Golfo, pelas mesmas razões.
-0- PANA BB/JSG/FK/IZ 18abril2019