PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Psicose de Ébola desacelera trocas comerciais entre Mali e Guiné-Conakry
Bamako, Mali (PANA) – O ritmo das trocas comerciais está em desaceleração no corredor Bamako-Conakry devido à psicose da epidemia da febre de Ébola registada em vários países da sub-região há alguns meses, noticiou, esta terça-feira, o diário nacional maliano “L’Essor”.
O diário lembra que as autoridades malianas tomaram medidas de controlo dos movimentos entre os dois países para evitar que a epidemia registada na Guiné-Conakry passe pela fronteira.
"Há a constatação unânime de que os intercâmbios interfronteiriços sofreram fortemente das incertezas ligadas à epidemia de Ébola. E hoje, os atores do corredor Bamako-Conakry vivem numa psicose total", escreve o jornal.
Por outro lado, prossegue, se alguns são mais alarmistas do que outros, a situação é qualificada de preocupante por todos e a persistência do não controlo da epidemia com a propagação em outros países da sub-região como a Serra Leoa, a Libéria e a Nigéria "torna-a mais inextricável devido à porosidade das fronteiras”.
Para medir a temperatura deste corredor durante este período de psicose, o jornal fez deslocar um repórter à estação rodoviária de Djicoroni-Para, bairro sul de Bamako, onde estacionam a maioria dos veículos provenientes da Guiné-Conakry.
Aqui, revela « L’Essor », motoristas e passageiros discutem sobre a atualidade em que a epidemia de Ébola "é evidentemente a questão número um", com o presidente do sindicato desta estação rodoviária, Mory Kéita, a confirmar que a doença "desacelerou consideravelmente os movimentos entre os dois países".
« Muitos comerciantes malianos abandonaram o eixo Bamako-Conakry devido à desconfianças e incertezas em torno da doença. Vejam que a estação está cheia de veículos vazios. Os raros que conseguem iniciar as suas atividades têm dificuldades para encher os seus carros com clientes », afirmou Kéita.
Ele explicou que as populações que vivem ao longo da fronteira têm os mesmos modos de vida e os mesmos costumes alimentares e de vestuários. A economia local funciona em torno dos intercâmbios baseados nos produtos agrolimentares.
"Infelizmente, com a febre de Ébola, os Malianos estão cada vez mais reticentes em ir ao interior da Guiné-Conakry, mas as populações guineenses continuam a frequentar as feiras semanais malianas", revela o sindicalista.
Os serviços das Alfândegas do Mali em Kourémalé (fronteira Mali-Guiné) têm dificuldades para mobilizar anualmente 50 milhões de francos CFA de receitas, enquanto alguns escritórios das Alfândegas do Mali fazem mensalmente mais de três biliões de francos CFA de receitas (um dólar americano equivale a cerca de 500 francos CFA).
-0- PANA GT/IS/FK/IZ 19ago2014
O diário lembra que as autoridades malianas tomaram medidas de controlo dos movimentos entre os dois países para evitar que a epidemia registada na Guiné-Conakry passe pela fronteira.
"Há a constatação unânime de que os intercâmbios interfronteiriços sofreram fortemente das incertezas ligadas à epidemia de Ébola. E hoje, os atores do corredor Bamako-Conakry vivem numa psicose total", escreve o jornal.
Por outro lado, prossegue, se alguns são mais alarmistas do que outros, a situação é qualificada de preocupante por todos e a persistência do não controlo da epidemia com a propagação em outros países da sub-região como a Serra Leoa, a Libéria e a Nigéria "torna-a mais inextricável devido à porosidade das fronteiras”.
Para medir a temperatura deste corredor durante este período de psicose, o jornal fez deslocar um repórter à estação rodoviária de Djicoroni-Para, bairro sul de Bamako, onde estacionam a maioria dos veículos provenientes da Guiné-Conakry.
Aqui, revela « L’Essor », motoristas e passageiros discutem sobre a atualidade em que a epidemia de Ébola "é evidentemente a questão número um", com o presidente do sindicato desta estação rodoviária, Mory Kéita, a confirmar que a doença "desacelerou consideravelmente os movimentos entre os dois países".
« Muitos comerciantes malianos abandonaram o eixo Bamako-Conakry devido à desconfianças e incertezas em torno da doença. Vejam que a estação está cheia de veículos vazios. Os raros que conseguem iniciar as suas atividades têm dificuldades para encher os seus carros com clientes », afirmou Kéita.
Ele explicou que as populações que vivem ao longo da fronteira têm os mesmos modos de vida e os mesmos costumes alimentares e de vestuários. A economia local funciona em torno dos intercâmbios baseados nos produtos agrolimentares.
"Infelizmente, com a febre de Ébola, os Malianos estão cada vez mais reticentes em ir ao interior da Guiné-Conakry, mas as populações guineenses continuam a frequentar as feiras semanais malianas", revela o sindicalista.
Os serviços das Alfândegas do Mali em Kourémalé (fronteira Mali-Guiné) têm dificuldades para mobilizar anualmente 50 milhões de francos CFA de receitas, enquanto alguns escritórios das Alfândegas do Mali fazem mensalmente mais de três biliões de francos CFA de receitas (um dólar americano equivale a cerca de 500 francos CFA).
-0- PANA GT/IS/FK/IZ 19ago2014