PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Proliferação de armas em Tripoli aflige população e CNT
Tripoli, Líbia (PANA) – A circulação de armas preocupa os habitantes de Tripoli, segundo o porta-voz militar do Conselhor Nacional de Transição (CNT), Ahmed Bani, que denunciou a presença de armas pesadas em plenas ruas da capital.
Bani apelou às diversas unidades de combatentes, nomeadamente as provenientes do Oeste e que contribuíram para a tomada de Tripoli a 22 de agosto último, a regressarem às suas regiões de origem, deixando às forças originais da capital a precaução da manutenção da ordem na cidade.
Por sua vez, o chefe do Conselho Militar de Tripoli, Abdelhakim Belhadj, afirmou que o fenómeno de circulação de armas pesadas e a multiplicação dos postos de controlo em toda a cidade começam a transformar-se num verdadeiro pesadelo para os Tripolitanos.
Ele pediu que todas as unidades sejam colocadas sob a tutela do Conselho Militar da cidade, que vai velar, por sua vez, pela aplicação das disposições visando o controlo da circulação e a cessação da proliferação das armas.
Estas declarações de responsáveis militares do CNT confirmam a preocupação manifestada na última semana pelos habitantes de Tripoli, face às ameaças permanentes que o fenómeno faz pairar sobre a sua segurança.
Duas manifestações foram organizadas, cuja primeira, sob a égide das ONG líbias de defesa dos direitos humanos, decorreu sexta-feira última na Praça dos Mártires, enquanto a segunda foi organizada sob forma de concentração diante da sede da Associação para o Apelo Islamita (AMAI) transformado, desde a tomada de Tripoli, num quartel.
O Conselho Nacional de Transição deciciu um plano destinado a circunscrever o fenómeno da propagação de armas no seio das populações, após a conquista de Tripoli. O plano inclui a inserção dos combatentes para formar o núcleo do futuro Exército nacional líbio, a concessão de licença de porte de armas aos combatentes por uma duração de seis meses e a criação de um fundo de compra de armas detidas pelos particulares.
O antigo regime procedeu à distribuição de armas às populações para o defender contra o avanço das forças do CNT e os esconderijos de armas descobertos em diversos sítios de Tripoli, na altura da tomada da capital, não foram preservados da pilhagem pela população civil misturada aos combatentes, nas horas de euforias que se seguiram à derrota das forças de Muamar Kadafi.
Segundo fontes seguras, estas armas alimentam o mercado negro que, por sua vez, alimenta a circulação em grande escala de kalachnikov negociadas a 650 dólares americanos a unidade, de roquetes, de lança-mísseis, de granadas vendidas a 80 dólares americanos, e de 10 mil mísseis solo-ar SAM7, cujo desaparecimento representa uma ameaça contra a aviação civil, se cairem nas mãos de terroristas.
Logo, compreendem-se os receios que suscitou o conflito além das fronteiras líbias, nomeadamente no Magrebe e na banda sahelo-sariana, alvos privilegiados da Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), bem como a atenção cada vez maior que o Ocidente concende nestes últimos meses à luta contra o terrorismo, na medida em que se reduz a chance de capturar Kadafi e os seus próximos.
-0- PANA BY/SSB/CJB/TON 06out2011
Bani apelou às diversas unidades de combatentes, nomeadamente as provenientes do Oeste e que contribuíram para a tomada de Tripoli a 22 de agosto último, a regressarem às suas regiões de origem, deixando às forças originais da capital a precaução da manutenção da ordem na cidade.
Por sua vez, o chefe do Conselho Militar de Tripoli, Abdelhakim Belhadj, afirmou que o fenómeno de circulação de armas pesadas e a multiplicação dos postos de controlo em toda a cidade começam a transformar-se num verdadeiro pesadelo para os Tripolitanos.
Ele pediu que todas as unidades sejam colocadas sob a tutela do Conselho Militar da cidade, que vai velar, por sua vez, pela aplicação das disposições visando o controlo da circulação e a cessação da proliferação das armas.
Estas declarações de responsáveis militares do CNT confirmam a preocupação manifestada na última semana pelos habitantes de Tripoli, face às ameaças permanentes que o fenómeno faz pairar sobre a sua segurança.
Duas manifestações foram organizadas, cuja primeira, sob a égide das ONG líbias de defesa dos direitos humanos, decorreu sexta-feira última na Praça dos Mártires, enquanto a segunda foi organizada sob forma de concentração diante da sede da Associação para o Apelo Islamita (AMAI) transformado, desde a tomada de Tripoli, num quartel.
O Conselho Nacional de Transição deciciu um plano destinado a circunscrever o fenómeno da propagação de armas no seio das populações, após a conquista de Tripoli. O plano inclui a inserção dos combatentes para formar o núcleo do futuro Exército nacional líbio, a concessão de licença de porte de armas aos combatentes por uma duração de seis meses e a criação de um fundo de compra de armas detidas pelos particulares.
O antigo regime procedeu à distribuição de armas às populações para o defender contra o avanço das forças do CNT e os esconderijos de armas descobertos em diversos sítios de Tripoli, na altura da tomada da capital, não foram preservados da pilhagem pela população civil misturada aos combatentes, nas horas de euforias que se seguiram à derrota das forças de Muamar Kadafi.
Segundo fontes seguras, estas armas alimentam o mercado negro que, por sua vez, alimenta a circulação em grande escala de kalachnikov negociadas a 650 dólares americanos a unidade, de roquetes, de lança-mísseis, de granadas vendidas a 80 dólares americanos, e de 10 mil mísseis solo-ar SAM7, cujo desaparecimento representa uma ameaça contra a aviação civil, se cairem nas mãos de terroristas.
Logo, compreendem-se os receios que suscitou o conflito além das fronteiras líbias, nomeadamente no Magrebe e na banda sahelo-sariana, alvos privilegiados da Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), bem como a atenção cada vez maior que o Ocidente concende nestes últimos meses à luta contra o terrorismo, na medida em que se reduz a chance de capturar Kadafi e os seus próximos.
-0- PANA BY/SSB/CJB/TON 06out2011