PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Professores universitários anunciam greve em Angola
Luanda, Angola (PANA) – Os docentes das universidades públicas em Angola entram em greve por tempo indeterminado, a partir de 10 de setembro corrente, para exigirem a satisfação das suas reivindicações salariais, anunciou quinta-feira o sindicato da classe.
De acordo com o secretário-geral do Sindicato dos Professores do Ensino Superior (SINPES), Eduardo Peres Albano, as reclamações dos docentes universitários angolanos remontam a junho de 2012, quando foi aprovado, em assembleia geral, o seu caderno reivindicativo entregue em seguida ao Ministério do Ensino Superior.
Eduardo Albano disse, em conferência de imprensa na capital angolana, Luanda, que o mesmo caderno reivindicativo foi entregue pela segunda vez ao Ministério do Ensino Superior, em junho deste ano, mas que este último ainda não reagiu.
Face a este "silêncio absoluto” do Ministério do Ensino Superior, disse Albano, os professores vão declarar a greve enquanto mantêm a sua prontidão para o diálogo, uma vez terminado o prazo inicial de 30 dias após o início do segundo semestre do ano letivo 2013.
"A partir do dia 10 de setembro do ano em curso, às 07:30, todas as instituições públicas do ensino superior iniciarão uma greve por tempo indeterminado", disse o secretário-geral do SINPES, dando conta da existência de uma equipa negociadora do sindicato.
Os docentes universitários angolanos exigem o aumento dos seus salários, o pagamento de salários e subsídios em atraso há mais de dois anos, bem como a melhoria das suas condições sociais, nomeadamente em assistência médica e medicamentosa, habitação e transporte.
Pedem ainda a harmonização dos planos curriculares para a facilitação da mobilidade docente e discente, bem como a reposição da democracia para a ascensão aos cargos de direção nas instituições universitárias e de ensino superior públicas no país.
Os professores entendem que os seus salários são muito baixos, e apresentaram ao Ministério do Ensino Superior os resultados de um estudo comparativo sobre a matéria.
"É lamentável que até docentes do ensino secundário tenham melhores salários que do ensino superior. Se de facto é o ensino superior que tem formado os quadros deste país, por que é que o ensino superior tem que estar voltado para a miséria?", questionou o secretário-geral do SINPES.
Dos atuais 357 mil kwanzas angolanos (cerca de três e 570 dólares americanos) de salário auferido mensalmente por um professor titular nas universidades públicas, o sindicato propõe o seu aumento para um milhão e 500 mil kwanzas (quase 15 mil dólares americanos).
Sobre a forma de provimento dos cargos de direção nas universidades, o SINPES reclama que a ausência de democracia está a travar a atividade sindical e exige a sua "reposição imediata".
"Estamos a constatar que com a ausência da democracia, os que fazem parte da entidade gestora estão a dificultar as atividades do sindicato (...) Estes estão a contrariar as orientações do chefe de Estado (...) quando disse que as instituições públicas devem trabalhar com os sindicatos recorrendo ao diálogo como forma de poder resolver os problemas”, disse um dos responáveis sindicais.
-0- PANA IZ 2013
De acordo com o secretário-geral do Sindicato dos Professores do Ensino Superior (SINPES), Eduardo Peres Albano, as reclamações dos docentes universitários angolanos remontam a junho de 2012, quando foi aprovado, em assembleia geral, o seu caderno reivindicativo entregue em seguida ao Ministério do Ensino Superior.
Eduardo Albano disse, em conferência de imprensa na capital angolana, Luanda, que o mesmo caderno reivindicativo foi entregue pela segunda vez ao Ministério do Ensino Superior, em junho deste ano, mas que este último ainda não reagiu.
Face a este "silêncio absoluto” do Ministério do Ensino Superior, disse Albano, os professores vão declarar a greve enquanto mantêm a sua prontidão para o diálogo, uma vez terminado o prazo inicial de 30 dias após o início do segundo semestre do ano letivo 2013.
"A partir do dia 10 de setembro do ano em curso, às 07:30, todas as instituições públicas do ensino superior iniciarão uma greve por tempo indeterminado", disse o secretário-geral do SINPES, dando conta da existência de uma equipa negociadora do sindicato.
Os docentes universitários angolanos exigem o aumento dos seus salários, o pagamento de salários e subsídios em atraso há mais de dois anos, bem como a melhoria das suas condições sociais, nomeadamente em assistência médica e medicamentosa, habitação e transporte.
Pedem ainda a harmonização dos planos curriculares para a facilitação da mobilidade docente e discente, bem como a reposição da democracia para a ascensão aos cargos de direção nas instituições universitárias e de ensino superior públicas no país.
Os professores entendem que os seus salários são muito baixos, e apresentaram ao Ministério do Ensino Superior os resultados de um estudo comparativo sobre a matéria.
"É lamentável que até docentes do ensino secundário tenham melhores salários que do ensino superior. Se de facto é o ensino superior que tem formado os quadros deste país, por que é que o ensino superior tem que estar voltado para a miséria?", questionou o secretário-geral do SINPES.
Dos atuais 357 mil kwanzas angolanos (cerca de três e 570 dólares americanos) de salário auferido mensalmente por um professor titular nas universidades públicas, o sindicato propõe o seu aumento para um milhão e 500 mil kwanzas (quase 15 mil dólares americanos).
Sobre a forma de provimento dos cargos de direção nas universidades, o SINPES reclama que a ausência de democracia está a travar a atividade sindical e exige a sua "reposição imediata".
"Estamos a constatar que com a ausência da democracia, os que fazem parte da entidade gestora estão a dificultar as atividades do sindicato (...) Estes estão a contrariar as orientações do chefe de Estado (...) quando disse que as instituições públicas devem trabalhar com os sindicatos recorrendo ao diálogo como forma de poder resolver os problemas”, disse um dos responáveis sindicais.
-0- PANA IZ 2013