Professores no Mali preparam greve pelo aumento salarial
Bamako, Mali (PANA) - Vários sindicatos nacionais da Educação do Mali ameaçam observar uma greve renovável de 120 horas com retenção de notas, a partir de 16 de dezembro corrente, para exigir um aumento salarial de 20 porcento, soube a PANA quarta-feira de fonte sindical na capital maliana.
Estão envolvidos neste movimento grevista o Sindicato dos Professores do Ensino Secundário das Autarquias (SYPESCO), o Sindicato Nacional da Educação Básica (SNEB), o Sindicato Nacional da Educação e Cultura (SNEC) e a Coordenação dos Sindicatos do Ensino Secundário (COSES).
No pré-aviso de greve apresentado, em 29 de novembro passado, ao Ministério do Diálogo Social, Trabalho e Função Pública, os sindicalistas pedem um aumento de 20 por cento para os funcionários públicos regidos pelo estatuto geral e outros agentes contratuais, a partir de 1 de janeiro de 2019.
O aumento dos vencimentos dos funcionários públicos ao abrigo do Estatuto Geral do Pessoal e dos agentes contratuais para 2019 foi decidido pelo Governo do Mali, com exceção aos professores e outras empresas com estatuto autónomo e tabela salarial.
Os professores estão agora a exigir do Governo um aumento de 20 por cento obtido pela União Nacional dos Trabalhadores do Mali (UNTM).
De acordo com o porta-voz dos sindicatos de professores, Adama Fomba, esta greve virá após várias diligências feitas pelos sindicatos junto das associações, de grupos da sociedade civil, da comissão de bons ofícios e de partidos políticos.
Foram enviadas duas cartas ao ministro responsável pelo Diálogo Social, Trabalho e Função Pública e duas outras ao primeiro-ministro, afirmou.
A seu pedido, o primeiro-ministro do Mali, Boubou Cissé, reuniu-se com os dirigentes sindicais, a 4 de outubro passado, e prometeu este aumento até ao final de 2019, segundo Fomba.
-0- PANA GT/JSG/SOC/CJB/IZ 4dez2019