Agência Panafricana de Notícias

Professor universitário defende que África precisa de ser respeitada

Dakar, Senegal (PANA) – África não precisa de ser amada, mas tudo o que ela quer é ser respeitada, declarou segunda-feira em Dakar, no Senegal, um historiador e linguista congolês Théophile Obenga.

Intervindo durante um fórum sob o lema "Será que os Antepassados Egícios eram, sim ou não, Negros?" organizado no quadro da terceira edição do Festival Mundial das Artes Negras (FESMAN), o historiador congolês defendeu que a renascença africana pressupõe ruturas com o passado colonial.

ISegundo Obenga, esta renascença não poderia realiza-se ao glorificar a Francofonia.

"A Francofonia não interessa nenhum Francês. Mesmo o general de Gaulle não queria isto, já que dizia que era neocolonização. Nós devemos libertar-nos para realizar a renascença africana. Somos um cofre-forte da humanidade", acrescentou.

"O Ocidente está no declínio devido à demografia e à inflação. A arrogância e a omnipotência da Europa acabaram. A China vai mudar os dados do mundo", defendeu o historiador congolês, instando África a "abrir os olhos".

"A única solução que eu proponho, é ser patriota e trabalhar para o seu país", acrescentou o professor universitário congolês.

-0- PANA SIL/AAS/SOC/FK/DD 14Dez2010