PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Procuradoria angolana reafirma ter notificado Isabel dos Santos
Luanda, Angola (PANA) - A Procuradoria Geral da República (PGR) de Angola reafirmou, esta quarta-feira, ter notificado a empresária Isabel dos Santos para prestar esclarecimentos sobre a sua gestão, enquanto antiga presidente do Conselho de Administração da Sonangol.
Isabel dos Santos iria também ser ouvida no quadro de um processo-crime instaurado pela PGR ao seu sucessor e atual presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Carlos Saturnino, alegadamente por difamação, de que a empresária é queixosa.
A PGR reagia, assim, a um comunicado de imprensa da empresária, distribuído na terça-feira, no qual Isabel dos Santos nega ter recebido alguma notificação da Procuradoria angolana.
Na sua nota, Isabel dos Santos, filha primogénita do antigo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, diz ter tomado conhecimento da notificação através da comunicação social.
Mas segundo fonte da PGR, a notificação foi entregue e recebida, a 17 de julho passado, em casa da empresária por uma empregada, que a assinou, embora a própria Isabel dos Santos estivesse no imóvel.
De acordo com a nova direção da Sonangol, a filha de Eduardo dos Santos teria praticado esbanjamentos e despesas fictícias até ao montante de 173 milhões de dólares americanos com supostos serviços de consultoria.
Do total de despesas feitas, ela teria autorizado, depois da sua exoneração, uma transferência de outros 38 milhões de dólares americanos, quando "já não tinha poderes para o fazer".
A gestão de Isabel dos Santos foi igualmente acusada de ter criado um suposto "caixa dois", para o processamento de salários fora do circuito normal de pagamentos, pagando a cada administrador 145 salários por 17,5 meses, além do não pagamento de dividendos alegadamente devidos à Sonangol, no valor de 438 milhões de euros.
Nomeada pelo seu pai, em 3 de junho de 2018, para presidir ao Conselho de Administração da Sonangol (Sociedade Nacional de Combustíveis), Isabel dos Santos foi exonerada do cargo pelo novo Presidente angolano, João Lourenço, em 15 de novembro de 2017.
Na sua reação às denúncias do seu sucessor, a empresária negou todas as acusações feitas contra si e transferiu a culpa por quaisquer falcatruas registadas na Sonangol ao que chamou de "antiga escola", ou seus antecessores, que teriam levado a empresa à falência.
Segundo Isabel dos Santos, a gestão anterior liderada por Manuel Vicente caraterizou-se por uma “cultura de irresponsabilidade e desonestidade que afundou a Sonangol" em primeiro lugar, e em que muitos "aproveitaram e construíram fortunas ilegítimas à custa da Sonangol”.
Numa alusão a Saturnino, que na gestão de Manuel Vicente ocupou a posição-chave de diretor de negociações (2002 a 2012), Isabel dos Santos afirmou que agora “estão de retorno os interesses das pessoas que se enriqueceram de biliões à custa da Sonangol (...) que hoje fomentam e agitam a opinião publica, de forma a poderem retomar os seus velhos hábitos”.
Justificou que os dinheiros mencionados referem-se a "pagamentos totalmente legítimos de faturas emitidas, relativas ao trabalho efetivamente realizado e prestado por vários consultores subcontratados no âmbito dos trabalhos do projeto de reestruturação da Sonangol".
Por isso, considerou as acusações do seu sucessor de "graves, falsas, difamatórias e caluniosas", e queixou-se judicialmente para que tais insinuações "não fiquem impunes".
-0- PANA IZ 03agosto2018
Isabel dos Santos iria também ser ouvida no quadro de um processo-crime instaurado pela PGR ao seu sucessor e atual presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Carlos Saturnino, alegadamente por difamação, de que a empresária é queixosa.
A PGR reagia, assim, a um comunicado de imprensa da empresária, distribuído na terça-feira, no qual Isabel dos Santos nega ter recebido alguma notificação da Procuradoria angolana.
Na sua nota, Isabel dos Santos, filha primogénita do antigo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, diz ter tomado conhecimento da notificação através da comunicação social.
Mas segundo fonte da PGR, a notificação foi entregue e recebida, a 17 de julho passado, em casa da empresária por uma empregada, que a assinou, embora a própria Isabel dos Santos estivesse no imóvel.
De acordo com a nova direção da Sonangol, a filha de Eduardo dos Santos teria praticado esbanjamentos e despesas fictícias até ao montante de 173 milhões de dólares americanos com supostos serviços de consultoria.
Do total de despesas feitas, ela teria autorizado, depois da sua exoneração, uma transferência de outros 38 milhões de dólares americanos, quando "já não tinha poderes para o fazer".
A gestão de Isabel dos Santos foi igualmente acusada de ter criado um suposto "caixa dois", para o processamento de salários fora do circuito normal de pagamentos, pagando a cada administrador 145 salários por 17,5 meses, além do não pagamento de dividendos alegadamente devidos à Sonangol, no valor de 438 milhões de euros.
Nomeada pelo seu pai, em 3 de junho de 2018, para presidir ao Conselho de Administração da Sonangol (Sociedade Nacional de Combustíveis), Isabel dos Santos foi exonerada do cargo pelo novo Presidente angolano, João Lourenço, em 15 de novembro de 2017.
Na sua reação às denúncias do seu sucessor, a empresária negou todas as acusações feitas contra si e transferiu a culpa por quaisquer falcatruas registadas na Sonangol ao que chamou de "antiga escola", ou seus antecessores, que teriam levado a empresa à falência.
Segundo Isabel dos Santos, a gestão anterior liderada por Manuel Vicente caraterizou-se por uma “cultura de irresponsabilidade e desonestidade que afundou a Sonangol" em primeiro lugar, e em que muitos "aproveitaram e construíram fortunas ilegítimas à custa da Sonangol”.
Numa alusão a Saturnino, que na gestão de Manuel Vicente ocupou a posição-chave de diretor de negociações (2002 a 2012), Isabel dos Santos afirmou que agora “estão de retorno os interesses das pessoas que se enriqueceram de biliões à custa da Sonangol (...) que hoje fomentam e agitam a opinião publica, de forma a poderem retomar os seus velhos hábitos”.
Justificou que os dinheiros mencionados referem-se a "pagamentos totalmente legítimos de faturas emitidas, relativas ao trabalho efetivamente realizado e prestado por vários consultores subcontratados no âmbito dos trabalhos do projeto de reestruturação da Sonangol".
Por isso, considerou as acusações do seu sucessor de "graves, falsas, difamatórias e caluniosas", e queixou-se judicialmente para que tais insinuações "não fiquem impunes".
-0- PANA IZ 03agosto2018