Príncipe belga denuncia reclamação de reembolso de fundos líbios congelados
Bruxelas, Bélgica (PANA) - O príncipe Laurent, irmão do rei Philippe, denunciou o comportamento de um advogado que pretende alegadamente obter do chefe do Governo líbio, Fayez al-Sarraj, o reembolso à realeza belga de 50 milhões de euros, em virtude de um acordo assinado sob o regime do defunto coronel Muamar Kadafi.
Segundo este acordo, uma associação criada pelo príncipe Laurent devia proceder à arborização de uma parte do deserto líbio contra o pagamento pelo Estado líbio de 50 milhões de euros.
Mas, na sequência da morte do líder líbio, em 2011, durante bombardeamentos intensivos da aviação da Organização do Tratado do Atlântico Norte(NATO), este contrato foi desrespeitado.
No entanto, a Líbia foi condenada a pagar à Fundação do Príncipe Laurent a soma devida de 50 milhões de euros.
Lembre-se que após a morte de Kadafi, as Nações Unidas ordenaram o congelamento nos bancos dos 400 biliões de dólares americanos do Fundo Soberano Líbio.
Depois, a ONU autorizou o descongelamento dos juros gerados por estes fundos no país onde eles foram depositados, sem tocar na soma principal.
Algumas empresas belgas, que assinaram na época contratos com a Líbia, foram reembolsadas, exceto a Fundação do Príncipe Laurent, que busca recuperar o seu crédito.
Intermediários belgas dos quais o advogado Jacques Coppée apareceram, pretendendo ter boas relações com o chefe do Governo em Tripoli, Fayez al-Sarraj, reconhecido pela ONU, para obter o desembolso dos 50 milhões de euros reclamados pela Fundação do Príncipe Laurent.
-0- PANA AK/JSG/FK/IZ 10fev2020