Agência Panafricana de Notícias

Primeiro-ministro somalí demite-se face à insegurança

Addis Abeba- Etiópia (PANA) -- O primeiro-ministro somalí, Omar Abdirashid Sharmake, deve deixar as suas funções esta terça-feira devido à insegurança crescente no país, enquanto a comunidade internacional apelou aos insurretos somalís para declarar um cessar-fogo temporário por ocasião do Dia Internacional da Paz, celebrado a 21 de Setembro no mundo inteiro.
O primeiro-ministro vai embora enquanto a crise humanitária desencadeada pelos confrontos dos insurretos é cada vez mais intensa neste país do Corno de África.
Pelo menos 30 mil pessoas foram deslocadas entre Agosto e o início de Setembro devido a ataques intensos perpetrados pela milícia somalí Al Shabab e pelo seu aliado, Hizbul Islam.
O Presidente somalí, Sheikh Sharif Ahmed, tentou, no passado, demitir o primeiro-ministro, designado alguns meses após as negociações de paz de Djibuti.
O primeiro-ministro somalí esteve confrontado com vários votos de confiança contra o seu Governo este ano.
Em Maio último, o Parlamento votou pela dissolução do seu gabinete, mas o filho do ex-Pesidente somalí recusou-se a abandonar o poder, julgando a votação anticonstitucional.
O Presidente Ahmed dirigiu os apelos para a demissão do seu primeiro-ministro por incapacidade de fazer face à insegurança.
Em Maio, o chefe de Estado somalí demitiu o primeiro-ministro e todo o Governo antes de mudar de opinião.