Agência Panafricana de Notícias

Primeiro-ministro senegalês justifica adiamento do FESMAN para 2011

Dakar- Senegal (PANA) -- O primeiro-ministro senegalês, Souleymane Ndéné Ndiaye, justificou quinta-feira em Dakar o adiamento para 2011 do terceiro Festival Mundial das Artes Negras (FESMAN), inicialmente previsto para Dezembro próximo.
"Tendo em conta as implicações dum tal festival e a extraordinária efervescência que ele suscita,é justo justo que controlemos toda a sua organização.
É a razão pela qual, de acordo com todos os nossos parceiros, o chefe de Estado (Abdoulaye Wade) decidiu adiar para alguns meses a sua organização para preparar melhor o nosso país para acolher condignamente seus hóspedes e fazer deste evento um grande sucesso", declarou Ndiaye diante do Parlamento.
Falando no quadro da sua "Declaração de Política Geral", Ndiaye sublinhou por outro lado, a vontade do Estado do Senegal de favorecer a eclosão dos talentos, nomeadamente no domínio artístico.
Ele afirmou que a construção em curso do Grande Teatro Nacional e do Monumento do Renascimento Africano, da Escola das Artes, da Escola da Arquitectura, da Casa da Música e do Museu das Civilizações Negras entra nesta dinâmica.
"Trata-se de perpetuar as condições de eclosão dos talentos, de expressão da diversidade cultural, de emergência de empresários e indústrias culturais fortes", acrescentou o primeiro-ministro senegalês.
Ele garantiu o prosseguimento do programa de realização de infra-estruturas culturais nas regiões, nomeadamente a construção de complexos culturais regionais, a restauração dos sítios e monumentos históricos e a criação dos pólos de apoio técnico e logístico.
Estimando que os criadores devem viver da sua arte, Ndiaye revelou que o Governo pretende reforçar os meios de luta contra a pirataria e a contrafacção para assegurar uma melhor protecção dos direitos de autores e direitos vizinhos.
"Além disso, concertações serão iniciadas sobre o estatuto do artista e a instauração dum dispositivo de protecção social para a assistência e facilidades de acesso ao alojamento", prometeu o chefe do Governo senegalês.