Primeiro-ministro nega morte de manifestante por polícia na Guiné-Bissau
Ziguinchor, Senegal (PANA) – O primeiro-ministro bissau-guineense, Aristide Gomes, desmente que o manifestante da oposição tenha sido morto por um polícia durante manifestações ocorridas no último fim de semana em Bissau.
Falando no último fim de semana em Bissau, durante uma conferência de imprensa, relativamente ao incidente, Gomes disse que se trata de um militante do Partido da Renovação Social (PRS) que não foi morto por um polícia.
Revelou que, esta morte, contrariamente à versão dada por responsáveis do PRS, não se deveu a torturas policiais, conforme um relatório da autópsia.
Segundo o relatório de autópsia, apresentado à imprensa, a morte do indivíduo em apreço foi provocada por uma paragem cardio-respiratória e por um choque hipovolémico,a que se juntam um politraumatismo facial e uma hemorragia interna e externa.
Este relatório, assinado por Abu Bacar Camará, médico legista, sublinha igualmente que o pescoço, o tórax e o abdómen, a bacia e os membros superiores e inferiores não apresentam nenhum sinal de trauma.
"Esta perda de vida humana não resulta de nenhum confronto físico entre a vítima e as forças de polícia. Não há nenhuma marca de resistência no corpo sem vida a eventuais agressões", frisou o primeiro-ministro.
Anunciou por outro lado que as provas mostram que a vítima não morreu no local onbde havia sido encontrado.
"Procedemos, por intermédio dos ministérios da Justiça e do Interior, a uma avaliação mais exaustiva, porque queremos que o fenómeno seja suficientemetne elucidado devido a perturbações que se formam neste país.
Aparentemente, prosseguiu, há pessoas interessadas nas perturbações a fim de buscar resultados não benefícos para as nossas populações, nem para o nosso país”, indignou-se o primeiro-ministro.
Sublinhou que o objetivo da pesca em águas turvas apenas é uma tentativa de suspender o processo eleitoral, que deve culminar, a 24 de novembro próximo, às eleições presidenciais na Guiné-Bissau.
"Estamos profundamente convencidos de que a organização das eleições na data fixada vai contribuir para estabilizar o nosso país porque poderá pôr termo a este período de transição, de instabiliade com todo o seu cortejo de miséria, de empobrecimento da população, de paralisia da ação para o desenvolvimento”, declarou.
Saudou o profissionalismo das forças de segurança antes de lembrar que a manifestação supracitada não estava autorizada e que os pressupostos regulamentares não foram respeitados pelos manifestantes.
A seu ver, estes presssupostos regulamentares não são fruto do acaso.
O seu objetivo é ainda fazer com que uma manifestação não seja um fator perturbador para uma sociedade.
Porém, prazos não foram respeitados, e é por isso que o ministério do Interior desaconselhou a sua organização, explicou.
Esta manifestação não autorizada fez igualmente dois feridos, segundo o Governo.
-0- PANA MAD/TBM/MAR/DD 28out2019