PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente zambiano na Etiópia para reunião da SADC sobre RDC
Lusaka, Zâmbia (PANA) – O Presidente zambiano, Edgar Lungu, é aguardado na capital etíope, Addis Abeba, para participar esta quinta-feira numa reunião de alto nível da dupla troika da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) sobre as eleições presidenciais de 30 de dezembro último, na República Democrática do Congo (RDC).
O ministro zambiano dos Negócios Estrangeiros, Joseph Malanji, que acompanha o Presidente zambiano nesta viagem, declarou que uma reunião de emergência da SADC foi convocada na sequência das recentes eleições na RDC e do anúncio dos resultados provisórios.
O Presidente Lungu, que é igualmente presidente do Órgão de Política, Defesa e Segurança da SADC, apelou recentemente às partes na RDC para formar um Governo inclusivo.
O chefe de Estado zambiano declarou que, devido a vivas objeções aos resultados provisórios das eleições presidenciais na RDC, a SADC apela a todos os líderes políticos para encarar uma resolução política negociada para um Governo de Unidade Nacional.
Lungu esteve na África do Sul para se avistar com o seu homólogo sul-africano, Cyril Ramaphosa.
No domingo passado, a SADC pediu a recontagem dos votos das presidenciais na RDC, na sequência das contestações de alguns dos candidatos e observadores contra os resultados provisórios da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI).
Num comunicado, a SADC diz ter tomado nota das dúvidas levantadas pela Igreja Católica romana, que desdobrou 40 mil observadores eleitorais no país, bem como pela coligação Lamuka e outros observadores sobre os resultados do escrutínio.
A nota assinada pelo chefe de Estado zambiano, na sua qualidade de presidente do Órgão de Política, Defesa e Segurança da organização regional, considera que uma recontagem dos votos permitiria "tranquilizar os vencedores e os perdedores".
Também a Conferência Episcopal Nacional do Congo (CENCO) indicou ter tomado nota da publicação dos resultados provisórios pela CENI, mas, enquanto missão de observação eleitoral da Igreja Católica, afirma que os resultados em causa "não correspondem aos dados que estão em sua posse".
"Depois de analisar os elementos observados por esta missão, constatamos que os resultados das eleições presidenciais tal como publicados pela CENI não correspondem aos dados recolhidos pela nossa missão de observação, a partir das assembleias de voto e dos centros de apuramento", defendeu o episcopado católico na sua declaração preliminar.
À semelhança da SADC, a recontagem dos votos das presidenciais congolesas foi igualmente solicitada pela Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), num comunicado assinado pelo presidente em exercício da organização, o chefe de Estado congolês, Denis Sassou Nguesso.
O Presidente Sassou Nguesso convida as autoridades da RDC a "prestar mais esclarecimentos sobre todos os elementos de dúvida capazes de desacreditar o processo eleitoral".
Segundo os resultados publicados pela CENI, o candidato Félix-Antoine Tshisekedi Tshilombo venceu o escrutínio com sete milhões, 51 mil e 13 votos (38,57%), à frente de Martin Fayulu Madidi com seis milhões, 366 mil e 732 votos (34,83%) e de Emmanuel Shadary com quatro milhões, 357mil e 359 votos (23,84), a uma taxa de participação de 47,56 porcento.
Martin Fayulu Madidi interpôs recurso no Tribunal Constitucional por discordar também dos resultados da CENI que diz não corresponderem à verdade das urnas.
-0- PANA MM/AR/AKA/BEH/FK/IZ 16jan2019
O ministro zambiano dos Negócios Estrangeiros, Joseph Malanji, que acompanha o Presidente zambiano nesta viagem, declarou que uma reunião de emergência da SADC foi convocada na sequência das recentes eleições na RDC e do anúncio dos resultados provisórios.
O Presidente Lungu, que é igualmente presidente do Órgão de Política, Defesa e Segurança da SADC, apelou recentemente às partes na RDC para formar um Governo inclusivo.
O chefe de Estado zambiano declarou que, devido a vivas objeções aos resultados provisórios das eleições presidenciais na RDC, a SADC apela a todos os líderes políticos para encarar uma resolução política negociada para um Governo de Unidade Nacional.
Lungu esteve na África do Sul para se avistar com o seu homólogo sul-africano, Cyril Ramaphosa.
No domingo passado, a SADC pediu a recontagem dos votos das presidenciais na RDC, na sequência das contestações de alguns dos candidatos e observadores contra os resultados provisórios da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI).
Num comunicado, a SADC diz ter tomado nota das dúvidas levantadas pela Igreja Católica romana, que desdobrou 40 mil observadores eleitorais no país, bem como pela coligação Lamuka e outros observadores sobre os resultados do escrutínio.
A nota assinada pelo chefe de Estado zambiano, na sua qualidade de presidente do Órgão de Política, Defesa e Segurança da organização regional, considera que uma recontagem dos votos permitiria "tranquilizar os vencedores e os perdedores".
Também a Conferência Episcopal Nacional do Congo (CENCO) indicou ter tomado nota da publicação dos resultados provisórios pela CENI, mas, enquanto missão de observação eleitoral da Igreja Católica, afirma que os resultados em causa "não correspondem aos dados que estão em sua posse".
"Depois de analisar os elementos observados por esta missão, constatamos que os resultados das eleições presidenciais tal como publicados pela CENI não correspondem aos dados recolhidos pela nossa missão de observação, a partir das assembleias de voto e dos centros de apuramento", defendeu o episcopado católico na sua declaração preliminar.
À semelhança da SADC, a recontagem dos votos das presidenciais congolesas foi igualmente solicitada pela Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), num comunicado assinado pelo presidente em exercício da organização, o chefe de Estado congolês, Denis Sassou Nguesso.
O Presidente Sassou Nguesso convida as autoridades da RDC a "prestar mais esclarecimentos sobre todos os elementos de dúvida capazes de desacreditar o processo eleitoral".
Segundo os resultados publicados pela CENI, o candidato Félix-Antoine Tshisekedi Tshilombo venceu o escrutínio com sete milhões, 51 mil e 13 votos (38,57%), à frente de Martin Fayulu Madidi com seis milhões, 366 mil e 732 votos (34,83%) e de Emmanuel Shadary com quatro milhões, 357mil e 359 votos (23,84), a uma taxa de participação de 47,56 porcento.
Martin Fayulu Madidi interpôs recurso no Tribunal Constitucional por discordar também dos resultados da CENI que diz não corresponderem à verdade das urnas.
-0- PANA MM/AR/AKA/BEH/FK/IZ 16jan2019