PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente ugandês advoga diálogo após motins de Kampala
Kampala- Uganda (PANA) -- Enquanto as manifestações dos partidários do reino de Buganda prosseguem em diversas províncias do país, por causa do desacordo com o Governo, fazendo várias dezenas de vítimas, o Presidente ugandês Yoweri Museveni optou pelo diálogo para pôr termo aos motins.
O cantor norte-americano gospel em visita ao país, Kirk Franklin, conseguiu partir do Aeroporto de Entebbe para Kampala, a capital, após a sua chegada quinta-feira à tarde devido a motins.
Ele deverá realizar um concerto esta sexta-feira (11 de Setembro) no estádio Nakivubo" num dos bairros mais afectados no centro de Kampala.
Vários milhares de trabalhadores e de alunos encontraram-se bloqueados nos seus locais de trabalho ou nas suas escolas ao passo que os motins entram no seu segundo dia esta sexta- feira.
Asiáticos, principalmente de origem indiana, viram os seus estabelecimentos comerciais saqueados.
Os motins eclodiram quinta-feira à tarde quando jovens de etnia maioritária Buganda saíram às ruas, após várias semanas de tensão entre o Reino Buganda, dirigido pelo rei Ronald Muwanda II, e o Governo do Presidente Museveni por questões fundiárias, de soberania e de poder político.
Museveni, num discurso pronunciado na noite de quinta-feira, declarou-se consternado pela recusa do rei de responder a um apelo do seu Presidente para pôr termo a esta crise.
"Eu quero que discutamos como pessoas maduras, mas o rei recusou-se a atender ao telefone.
Em reacção a estes problemas (que provocaram estes motins sangrentos) liguei para o rei a fim de que discutamos sobre esta situação como pessoas responsáveis.
Mas ele não aceita responder aos meus telefonemas nestes últimos dois anos", declarou o Presidente ugandês.
"A sua Alteza não pode responder aos telefonemas do Presidente do Uganda, que levou a cabo a luta pela democracia e pelo restabelecimento dos sobas", sublinhou.
Por outro lado, Museveni declarou ter relatórios dos Serviços de Inteligência que indicam que o reino recebia financiamentos do estrangeiro para lançar uma campanha odiosa contra o Movimento de Resistência Nacional (NRM, no poder) e pôr em causa a Constituição.
"Estamos a seguir estas informações muito estreitamente e vamos tratar todas as pessoas implicadas como elas merecem", advertiu Museveni, encorajando Kababa Mutebi a desmarcar-se destes traidores.
"Realizámos muitos combates e venceremos este", afirmou.
O príncipe Kassim Nakibinge Kakungulu, de Buganda influente, assistiu às cerimónias do 40º aniversário da ascensão ao poder do líder líbio Muamar Kadafi na semana passada.
Um outro grupo de pessoas reais, incluindo o rei de Bunyoro e a rainha mãe de Toro, acompanhava Kadafi na cimeira da União Africana onde ele foi instalado como Presidente da organização no início deste ano.
O Governo ugandês poderá interpretar estas boas relações entre o Reino e o líder líbio como uma incitação à revolta contra a sua administração.
Os Serviços da Inteligência ugandeses estão a investigar sobre as afirmações segundo as quais uma importante soma de dinheiro, alegadamente proveniente da Líbia, foi entregue por intermédio dum banco de Kampala a membros desta realeza para actividades anti- governamentais.
Por outro lado, o Conselho dos Órgãos de Comunicação encerrou as cadeias de rádio da Central Broadcasting Station, parcialmente controlada pelo Reino de Buganda.
O cantor norte-americano gospel em visita ao país, Kirk Franklin, conseguiu partir do Aeroporto de Entebbe para Kampala, a capital, após a sua chegada quinta-feira à tarde devido a motins.
Ele deverá realizar um concerto esta sexta-feira (11 de Setembro) no estádio Nakivubo" num dos bairros mais afectados no centro de Kampala.
Vários milhares de trabalhadores e de alunos encontraram-se bloqueados nos seus locais de trabalho ou nas suas escolas ao passo que os motins entram no seu segundo dia esta sexta- feira.
Asiáticos, principalmente de origem indiana, viram os seus estabelecimentos comerciais saqueados.
Os motins eclodiram quinta-feira à tarde quando jovens de etnia maioritária Buganda saíram às ruas, após várias semanas de tensão entre o Reino Buganda, dirigido pelo rei Ronald Muwanda II, e o Governo do Presidente Museveni por questões fundiárias, de soberania e de poder político.
Museveni, num discurso pronunciado na noite de quinta-feira, declarou-se consternado pela recusa do rei de responder a um apelo do seu Presidente para pôr termo a esta crise.
"Eu quero que discutamos como pessoas maduras, mas o rei recusou-se a atender ao telefone.
Em reacção a estes problemas (que provocaram estes motins sangrentos) liguei para o rei a fim de que discutamos sobre esta situação como pessoas responsáveis.
Mas ele não aceita responder aos meus telefonemas nestes últimos dois anos", declarou o Presidente ugandês.
"A sua Alteza não pode responder aos telefonemas do Presidente do Uganda, que levou a cabo a luta pela democracia e pelo restabelecimento dos sobas", sublinhou.
Por outro lado, Museveni declarou ter relatórios dos Serviços de Inteligência que indicam que o reino recebia financiamentos do estrangeiro para lançar uma campanha odiosa contra o Movimento de Resistência Nacional (NRM, no poder) e pôr em causa a Constituição.
"Estamos a seguir estas informações muito estreitamente e vamos tratar todas as pessoas implicadas como elas merecem", advertiu Museveni, encorajando Kababa Mutebi a desmarcar-se destes traidores.
"Realizámos muitos combates e venceremos este", afirmou.
O príncipe Kassim Nakibinge Kakungulu, de Buganda influente, assistiu às cerimónias do 40º aniversário da ascensão ao poder do líder líbio Muamar Kadafi na semana passada.
Um outro grupo de pessoas reais, incluindo o rei de Bunyoro e a rainha mãe de Toro, acompanhava Kadafi na cimeira da União Africana onde ele foi instalado como Presidente da organização no início deste ano.
O Governo ugandês poderá interpretar estas boas relações entre o Reino e o líder líbio como uma incitação à revolta contra a sua administração.
Os Serviços da Inteligência ugandeses estão a investigar sobre as afirmações segundo as quais uma importante soma de dinheiro, alegadamente proveniente da Líbia, foi entregue por intermédio dum banco de Kampala a membros desta realeza para actividades anti- governamentais.
Por outro lado, o Conselho dos Órgãos de Comunicação encerrou as cadeias de rádio da Central Broadcasting Station, parcialmente controlada pelo Reino de Buganda.