Agência Panafricana de Notícias

Presidente tunisino deplora operações militares na Ucrânia

Túnis, Tunísia (PANA) - O Presidente tunisino, Kaïs Saied, lamentou "o início das operações militares na Ucrânia", na sequência da invasão das tropas russas.

Durante uma reunião semanal do Conselho de Ministros, Kaïs Saied abordou a situação naquele país do Leste Europeu, mas absteve-se de atribuir responsabilidade a qualquer parte.

"Infelizmente, as operações militares na Ucrânia começaram e o Ministério dos Negócios Estrangeiros, que acompanha a evolução da situação, pôs-se imediatamente a tomar as medidas necessárias para garantir a evacuação por terra dos Tunisinos residentes neste país, em particular para a Polónia", indicou.

O chefe da diplomacia tunisina, Othman Jerandi, conversou quinta-feira com o embaixador ucraniano, em Túnis, bem como com os da Polónia e da Roménia, dois países vizinhos, a quem apelou para facilitar a evacuação de cidadãos tunisinos através de circuitos terrestres seguros devido ao encerramento dos aeroportos ucranianos.

No Ministério dos Negócios Estrangeiros foi criada uma unidade de crise para acompanhar a evolução da situação na Ucrânia e iniciar uma operação de repatriamento dos Tunisinos retidos na Ucrânia.

A nova unidade reúne representantes dos Ministérios da Defesa, do Interior,  dos Transportes,  da Saúde e da companhia aérea nacional TunisAir, com a participação por videoconferência dos embaixadores da Tunísia em Moscovo e Varsóvia.

A Tunísia não tem qualquer missão diplomática em Kiev, capital ucraniana.

Segundo o presidente da Associação dos Tunisianos na Ucrânia, Tarek Aloui, a comunidade tunisina estabelecida neste país tem cerca de 1.500 pessoas, incluindo perto de 250 estudantes.

Ele disse à rádio Mosaïque que a Tunísia prevê enviar um avião especial para evacuar os Tunisinos que desejam ser repatriados.

"Na manhã de quinta-feira, estudantes tunisinos foram ao aeroporto de Kiev na esperança de deixar o país, mas estava fechado", disse Tarek Aloui, descrevendo a situação como "muito tensa".

A maioria dos nacionais tunisinos vive, nas cidades de Odessa e Kharkiv, que também foram bombardeadas desde o início da invasão russa. 

-0- PANA BB/JSG/SOC/MAR/IZ 27fev2022