PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente tunisino candidato à sua própria sucessão
Túnis, Tunísia (PANA) – O atual Presidente tunisino, Moncef Marzouki, depositou sábado a sua candidatura para disputar um mandato de cinco anos durante as eleições presidenciais de 23 de novembro próximo.
O escrutínio presidencial será precedido de eleições legislativas, a 26 de outubro, num contexto marcado por «sérias ameaças terroristas », segundo as declarações do ministro do Interior, Lotfi Ben Jeddou.
Atrasadas devido a distúrbios de segurança marcados nomeadamente pelo assassinato de dois líderes da oposição, estas eleições visam instalar instituições capazes de garantir a estabilidade do país.
Elas realizam-se quatro anos após a revolução que destituiu o regime ditatorial do ex-Presidente tunisino, Ben Ali, e desencadeou chamada « Primavera Árabe ».
A Tunísia que conseguiu adotar uma nova Constituição julgada como sendo a «mais progressista do mundo árabe », representa a última esperança para instaurar um regime democrático, tendo em conta o caos em que estão mergulhados os outros países tais como a Líbia e a Síria.
É pela primeira vez, desde a destiuição do regime ditatorial do ex-Presidente Ben Ali, em janeiro de 2011, que a eleição do Presidente se fará por sufrágio universal.
Marzouki, de 69 anos, acedeu, por um período transitório, à magistratura suprema por uma votação da Assembleia Nacional Constituinte (Parlamento Provisório) depois de fazer aliança com o Movimento Islamita « Ennahdha », vencedor das “primeiras eleições livres » pós-revolução em outubro de 2011.
A sua campanha foi lançada sob o signo « vitória , apenas a vitória » . Ele vai enfrentar mais de 20 outros candidatos alguns dos quais considerados como “pesos pesados”.
É o caso do antigo primeiro-ministro e líder do partido « Nida Tunes » (Chamada da Tunísia) que lidera largamente todas as sondagens de opinião. Ele terá também outros concorrentes sérios tais como o presidente da Assembleia Constituinte, Mustapha Ben Jaafar, cujo partido « Attakatol » é igualmente um aliado de Ennahda.
O líder do partido « Joumhouri » (partido republicado), Ahmed Nejib Chebbi, é também considerado como um dos favoritos.
Opositor notável ao deposto Presidente e ex-líder da Liga Tunisina dos Direitos Humanos, Marzouki exilou-se em França antes de regressar à Tunísia na sequência da « revolução de jasmin ».
Os detratores deste militante laico denunciam esta « aliança contra-natura » para satisfazer « ambições pessoais ».
Durante os últimos três anos, as suas tomadas de posição suscitaram vivas polémicas. Ele foi o primeiro a decidir “precipitadamente” a rutura das relações com a Síria de Bashar Al Assad e provocou uma grande tensão entre Túnis e o Cairo, quando ele apelou ao general Sissi para libertar o Presidente islamita, Mohamed Morsi, e os seus colaboradores.
Na Tunísia, ele mostrou-se hostil aos homens políticos e jornalistas acusados de implicação com o regime de Ben Ali num « livro preto » que vazou nas redes sociais. A justiça pronunciou-se favorável às queixas das suas « vítimas » proibindo a publicação do livro.
-0- PANA BB/IS/SOC/FK/IZ 21set2014
O escrutínio presidencial será precedido de eleições legislativas, a 26 de outubro, num contexto marcado por «sérias ameaças terroristas », segundo as declarações do ministro do Interior, Lotfi Ben Jeddou.
Atrasadas devido a distúrbios de segurança marcados nomeadamente pelo assassinato de dois líderes da oposição, estas eleições visam instalar instituições capazes de garantir a estabilidade do país.
Elas realizam-se quatro anos após a revolução que destituiu o regime ditatorial do ex-Presidente tunisino, Ben Ali, e desencadeou chamada « Primavera Árabe ».
A Tunísia que conseguiu adotar uma nova Constituição julgada como sendo a «mais progressista do mundo árabe », representa a última esperança para instaurar um regime democrático, tendo em conta o caos em que estão mergulhados os outros países tais como a Líbia e a Síria.
É pela primeira vez, desde a destiuição do regime ditatorial do ex-Presidente Ben Ali, em janeiro de 2011, que a eleição do Presidente se fará por sufrágio universal.
Marzouki, de 69 anos, acedeu, por um período transitório, à magistratura suprema por uma votação da Assembleia Nacional Constituinte (Parlamento Provisório) depois de fazer aliança com o Movimento Islamita « Ennahdha », vencedor das “primeiras eleições livres » pós-revolução em outubro de 2011.
A sua campanha foi lançada sob o signo « vitória , apenas a vitória » . Ele vai enfrentar mais de 20 outros candidatos alguns dos quais considerados como “pesos pesados”.
É o caso do antigo primeiro-ministro e líder do partido « Nida Tunes » (Chamada da Tunísia) que lidera largamente todas as sondagens de opinião. Ele terá também outros concorrentes sérios tais como o presidente da Assembleia Constituinte, Mustapha Ben Jaafar, cujo partido « Attakatol » é igualmente um aliado de Ennahda.
O líder do partido « Joumhouri » (partido republicado), Ahmed Nejib Chebbi, é também considerado como um dos favoritos.
Opositor notável ao deposto Presidente e ex-líder da Liga Tunisina dos Direitos Humanos, Marzouki exilou-se em França antes de regressar à Tunísia na sequência da « revolução de jasmin ».
Os detratores deste militante laico denunciam esta « aliança contra-natura » para satisfazer « ambições pessoais ».
Durante os últimos três anos, as suas tomadas de posição suscitaram vivas polémicas. Ele foi o primeiro a decidir “precipitadamente” a rutura das relações com a Síria de Bashar Al Assad e provocou uma grande tensão entre Túnis e o Cairo, quando ele apelou ao general Sissi para libertar o Presidente islamita, Mohamed Morsi, e os seus colaboradores.
Na Tunísia, ele mostrou-se hostil aos homens políticos e jornalistas acusados de implicação com o regime de Ben Ali num « livro preto » que vazou nas redes sociais. A justiça pronunciou-se favorável às queixas das suas « vítimas » proibindo a publicação do livro.
-0- PANA BB/IS/SOC/FK/IZ 21set2014