PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente tchadiano contra referendo no Sul-Sudão
Paris- França (PANA) -- O Presidente tchadiano, Idriss Déby Itno, pronunciou-se contra o referendo sobre a independência do Sul-Sudão previsto para Janeiro de 2011.
Numa entrevista a Jeune Afrique (semanário panafricano), a ser publicada segunda-feira, o presidente tchadiano estimou que uma partilha eventual do Sudão será "uma catástrofe" para a África, temendo assim uma retomada das hostilidades neste país.
"Digo-o alto: estou contra este referendo e esta partilha eventual por uma razão muito simples.
Somos todos Sudaneses.
Temos todos um norte e um sul, uma parte muçulmana e uma parte cristã.
Se se aceitar a eclosão do Sudão, como se pode combater, noutros pontos do mundo, as tentativas secessionistas ?", interrogou-se.
Para o Presidente tchadiano, a secessão do Sul-Sudão terá um "efeito nefaste inevitável" para a "o maior mal-estar" dos Africanos.
"Os pais fundadores da OUA (Organização da Unidade Africana, que deu lugar à União Africana, UA) que consagraram segura e definitivamente a intangibilidade das fronteiras herdadas da colonização, preveniram esta eventualidade.
Porquê insultar a sua memória ?", perguntou Idriss Déby Itno.
O chefe do Estado tchadiano indicou no entanto fazer nada se tal acontecer.
No entanto, ele sublinhou que "será uma catástrofe para a África".
"Vocês acreditam que o Governo sudanês vai aceitar tão facilmente perder o sul, com o seu petróleo e seus minérios ?", perguntou Idriss Déby Itno.
Ele próprio respondeu duvidar desta hipótese, mas, para concluir, ele voltou a perguntar o seguinte: "se a guerra retomar, quem poderá impedí-la ?".
De facto, um acordo de paz global assinado em Janeiro de 2005, após 21 anos de guerra civil entre o norte, representado pelo regime dirigido por Oumar Hassan Al Béchir (actual Presidente sudanês), e o sul pelo Movimento Popular de Libertação do Sudão (SPLM, ex- rebeldes do sul), prevê, entre outros, a realização de um referendo em Janeiro de 2011 sobre a autodeterminação do Sul-Sudão.
Uma lei votada no final de Dezembro último pela Assembleia Nacional sudanesa, para enquadrar o desenvolvimento deste escrutínio, prevê uma maioria simples de 50 por cento mais um voto e uma participação de 60 por cento dos eleitores inscritos para consagrar a vitória duma opção, por exemplo a secessão.
Numa entrevista a Jeune Afrique (semanário panafricano), a ser publicada segunda-feira, o presidente tchadiano estimou que uma partilha eventual do Sudão será "uma catástrofe" para a África, temendo assim uma retomada das hostilidades neste país.
"Digo-o alto: estou contra este referendo e esta partilha eventual por uma razão muito simples.
Somos todos Sudaneses.
Temos todos um norte e um sul, uma parte muçulmana e uma parte cristã.
Se se aceitar a eclosão do Sudão, como se pode combater, noutros pontos do mundo, as tentativas secessionistas ?", interrogou-se.
Para o Presidente tchadiano, a secessão do Sul-Sudão terá um "efeito nefaste inevitável" para a "o maior mal-estar" dos Africanos.
"Os pais fundadores da OUA (Organização da Unidade Africana, que deu lugar à União Africana, UA) que consagraram segura e definitivamente a intangibilidade das fronteiras herdadas da colonização, preveniram esta eventualidade.
Porquê insultar a sua memória ?", perguntou Idriss Déby Itno.
O chefe do Estado tchadiano indicou no entanto fazer nada se tal acontecer.
No entanto, ele sublinhou que "será uma catástrofe para a África".
"Vocês acreditam que o Governo sudanês vai aceitar tão facilmente perder o sul, com o seu petróleo e seus minérios ?", perguntou Idriss Déby Itno.
Ele próprio respondeu duvidar desta hipótese, mas, para concluir, ele voltou a perguntar o seguinte: "se a guerra retomar, quem poderá impedí-la ?".
De facto, um acordo de paz global assinado em Janeiro de 2005, após 21 anos de guerra civil entre o norte, representado pelo regime dirigido por Oumar Hassan Al Béchir (actual Presidente sudanês), e o sul pelo Movimento Popular de Libertação do Sudão (SPLM, ex- rebeldes do sul), prevê, entre outros, a realização de um referendo em Janeiro de 2011 sobre a autodeterminação do Sul-Sudão.
Uma lei votada no final de Dezembro último pela Assembleia Nacional sudanesa, para enquadrar o desenvolvimento deste escrutínio, prevê uma maioria simples de 50 por cento mais um voto e uma participação de 60 por cento dos eleitores inscritos para consagrar a vitória duma opção, por exemplo a secessão.