Agência Panafricana de Notícias

Presidente sul-africano pede prolongamento de AGOA

Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) – O Presidente sul-africano, Jacob Zuma, leva a cabo uma campanha para obter a renovação da Lei sobre Crescimento e Oportunidades em África (AGOA), que permite quase 95 porcento das exportações da África do Sul para o mercado americano isento ou com taxas muito fracas.

O Presidente Zuma, que participa na Cimeira entre os Estados Unidos e África em Washington com vários outros chefes de Estado africanos, afirmou que Pretoria é suscetível de autorizar a importação de frangos americanos para o país com tarifas reduzidas em troca duma participação contínua na AGOA.

Ele exortou a influente Câmara de Comércio Americana a apoiar o prolongamento por 15 anos da participação da África do Sul na AGOA no próximo ano quando ela expirar.

Falando durante uma conferência de imprensa, o Presidente Zuma saudou o lançamento dum novo banco de desenvolvimento pelas economias emergentes.

O grupo dos BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - anunciou no mês passado que vão criar um banco de desenvolvimento e um fundo de reservas de emergência.

Este banco é considerao um desafio maior ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial, ambos sediados em Washington.

"Não há dúvida para os líderes africanos que os bancos existentes não conseguiram produzir um país tipo capaz de servir de modelo com êxito de ajuda », declarou o Presidente sul-africano.

Num discurso comovido pronunciado segunda-feira à noite no National Press Club, o Presidente Zuma sublinhou que falava aos delegados desde a tribuna na qual Nelson Mandela se pronunciou 20 anos antes enquanto primeiro Presidente democraticamente eleito da África do Sul.

"Gostaria de agradecer o National Press Club por nos ter oferecido esta oportunidade única de falar da marcha do nosso país para uma África do Sul não racial, não sexista e próspera », declarou o Presidente Zuma num discurso que foi transmitido à PANA.

"Realizamos muito em 20 anos desde o início da liberdade em 1994. Estabelecemos as bases duma fundação sólida para uma democracia próspera em tão pouco de tempo", disse.

Ele revelou que 130 empresas estrangeiras entraram pela primeira vez no ano passado na África do Sul ou aumentaram os seus investimentos, contribuindo para uma entrada total de investimentos diretos estimados em oito biliões e 200 milhões de dólares americanos, o que representa o dobro do de 2012.

"As instituições estrangeiras e os outros investidores continuam igualmente a buscar oportunidades no continente e a trabalhar com as empresas sul-africanas. Além disso, o Fórum Económico Mundial coloca a África do Sul entre os melhores do mundo graças aos nossos bancos, à independência dos nossos tribunais e à proteção que concedemos aos direitos de propriedade", afirmou.

"Somos, contudo, os primeiros a admitir que o nosso trabalho não terminou ainda. Falta-nos ainda um longo e difícil caminho a percorrer com os três problemas que constituem o desemprego, a pobreza e as desigualdades », concluiu o Presidente sul-africano.

-0- PANA CU/SEG/ASA/BEH/SOC/MAR/TON 06agosto2014