Agência Panafricana de Notícias

Presidente sul-africano elogia compromisso de Kabila com Constituição

Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) - O Presidente Cyril Ramaphosa da África do Sul enalteceu a atitude do chefe de Estado cessante da RD Congo, Joseph Kabila, de cumprir a sua promessa de respeitar a Constituição, com a sua abstenção de se candidatar-se a um terceiro mandato presidencial depois de esgotar os dois constitucionalmente autorizados.

Ramaphosa, que é também presidente em exercício da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), efetuou sexta-feira uma visita a Kinshasa, onde felicitou Kabila por ter “honrado a sua palavra pelo respeito da Constituição”.

Os dois líderes mantiveram um encontro durante a visita de trabalho de Ramaphosa e abordaram "evolução do processo político e eleitoral na RD Congo bem como o reforço das relações entre os dois países e questões de interesse regional".

Eles reconheceram os "progressos significativos feitos no processo eleitoral" na RD Congo.

Kabila indicou como seu candidato o seu antigo ministro do Interior Emmanuel Ramazani Shadary.

As eleições presidenciais na RD Congo estão marcadas para o dia 23 de Dezembro.

Também o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, qualificou como “um progresso” a decisão do Presidente Joseph Kabila de não se candidatar a um terceiro mandato à frente dos destinos do país.

O seu porta-voz adjunto, Farhan Haq, disse numa conferência de imprensa que a ONU foi informada da nomeação de Emmanuel Ramazani Shadary como candidato da coligação no poder.

“Saudamos os progressos contínuos para a realização de eleições livres, equitativas e pacíficas a 23 de dezembro, conforme a Constituição”, disse Haq.

Antigo ministro do Interior, Shadary é atualmente secretário permanente do Partido do Povo para a Reconstrução e a Democracia (PPRD).

A sua nomeação quarta-feira como candidato do poder à eleição presidencial coloca fim aos meses de incertezas sobre o futuro político de Kabila, cujo segundo e último mandato terminou em dezembro de 2016.

Os Estados Unidos, a União Europeia e vários países africanos criticaram uma nova candidatura de Kabila.

-0- PANA CU/VAO/IZ 11Aug2018