Presidente sul-africano declara estado de catástrofe nacional devido ao coronavírus
Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) - O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, confirmou domingo à noite que a África do Sul já registou 61 casos confirmados de coronavírus e declarou o estado de catástrofe nacional.
Numa alocução televisiva, o chefe de Estado sul-africano julgou "preocupante que nós estejamos agora confrontados com uma transmissão interna”.
Ramaphosa anunciou a proibição de entrada dos viajantes provenientes de Itália, do Irão, da Coreia do Sul, de Espanha, da Alemanha, dos Estados Unidos, do Reino Unido e da China, a partir de quarta-feira.
Os Sul-Africanos que voltarem de países de alto risco serão submetidos a testes e colocados em autoisolamento.
Os viajantes provenientes de países medianamente de alto risco, como Portugal, Hong Kong e Singapura serão submetidos a “uma despistagem muito intensa” e as mobilizações de mais de 100 pessoas estão proibidas, com efeito imediato.
Além disso, as escolas estarão encerradas no país, a partir de quarta-feira e até abril próximo.
Ele indicou que o seu Governo está quase a finalizar a instalação de um pacote fiscal para ajudar a fazer face à crise.
Por outro lado, o arcebispo anglicano Thabo Makgoba exprimiu domingo último a sua preocupação pelo impacto severo que a pandemia poderá ter no país.
"Eu estou desesperadamente preocupado com o facto de que o coronavírus seja apresentado como um problema europeu por alguns órgãos mediáticos. Como nós sabemos, os vírus não têm passaportes, não conhecem fronteiras e não respeitam nem a raça muito menos a cor”, declarou o chefe de Estado sul-africano num comunicado transmitido à PANA.
-0- PANA CU/MA/NFB/JSG/FK/IZ 16março2020