Presidente sul-africano abandona cimeira de Assuã por crise de energia
Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) – O Presidente Cyril Ramaphosa interrompeu, terça-feira, a sua visita oficial ao Egito, durante a cimeira de Assuã, para enfrentar a crise de eletricidade que mergulhou uma grande parte da África do Sul na escuridão.
A Presidência sul-africana confirmou que Ramaphosa vai reunir-se com a direção da Empresa Nacional de Eletricidade (Eskom), que cortou o fornecimento de eletricidade a empresas, minas e famílias em todo o território nacional.
"Os cortes em curso são devastadores para o país. Causam um grande prejuízo à nossa economia e perturba a vida dos cidadãos. A nossa prioridade imediata é restabelecer as capacidades de produção em linha o mais rápido possível. O centro de comando de intervenção de emergência e as equipas técnicas da Eskom trabalham para reparar as múltiplas avarias”, declarou Ramaphosa.
O Presidente sul-africano estava no Egito para assistir ao Fórum de Assuã para a Paz e Desenvolvimento Sustentável que decorre esta quarta-feira.
A Eskom revelou que as fortes chuvas registadas na província de Mpumalanga destruíram as reservas de carvão e têm um impacto na sua produção.
O partido da oposição oficial, Aliança Democrática (DA), indicou que a África do Sul está confrontada com o ciclo renovado de desafios energéticos drásticos com pouca vontade política para tomar as decisões necessárias para garantir aos cidadãos uma energia menos cara e mais segura.
Enquanto o Presidente Ramaphosa está atualmente no Egito, rodeado de ruínas antigas pertencentes a uma época passada, "encontramo-nos igualmente hoje face a uma ruína da época passada, a produtor de energia sul-africana que enfrenta uma queda iminente. A Eskom não é viável sob a sua forma atual. Não é uma crise nova, aproxima-se a grandes passos há uma década e mais”, frisou o líder da AD, John Steenhuisen.
-0- PANA CU/AR/AKA/IS/MAR/IZ 11dez2019