PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente sudanês renuncia a novo mandato em eleições de 2015
Cartum, Sudão (PANA) – Após praticamente um quarto de século passado no poder, o Presidente sudanês, Omar el-Béchir, anunciou não buscar um novo mandato nas eleições presidenciais de 2015.
O Presidente el-Béchir, que acedeu ao poder mediante um golpe de Estado sem efusão de sangue, em junho de 1989, declarou em entrevista divulgada nos principais diários de Cartum e do Qatar não ser o candidato do partido no poder às eleições de 2015.
"Vinte anos e alguns meses no poder. É mais do que suficiente nas cirsconstâncias em que se encontram atualmente o Sudão. O povo sudanês deseja sangue novo e um novo impulso para continuar o seu desenvolvimento", declarou o estadista sudanês nesta entrevista divulgada integralmente quarta-feira pelos diários de Cartum, nomeadamente Al Rae al Am e Al Sahafa.
Desde a sua acessão ao poder, o Presidente foi reeleito pelo menos três vezes, sendo a última em 2010, um ano antes da secessão do Sudão Sul.
Durante todas as eleições precedentes, o Presidente el-Béchir insistia em dizer não desejar ficar no cargo, mas que o partido no poder o convencia a apresentar-se.
Contudo, o partido no poder, Partido do Congresso Nacional, declarou pela primeira vez , quarta-feira , que estava a pensar num outro candidato para as próximas eleições presidenciais.
Por outro lado, o Presidente el-Béchir declarou esperar um desenvolvimento económico para o seu país, como consequência dos acordos de cooperação assinados com o Sudão do Sul, nomeadamente o relativo à retomada das exportações do petróleo sul- sudanês via os territórios sudaneses do norte.
Ele indicou que as vantagens não serão unicamente as receitas petrolíferas mas que "a paz e a estabilidade entre os dois países terão um impacto positivo na economia do Sudão, bem como na do Sudão do Sul.
Ele acusou Israel de continuar a apoiar a rebelião contra o Governo sudanês, acrescentando que o seu país não normalizará as suas relações com este país.
Sobre as relações com os Estados Unidos, o Presidente el-Béchir considerou " não nos interessa termos relações tensas com os Estados Unidos de América".
No entanto, frisou, são os Americanos que não cumpriram com as suas promessas sobre o levantamento das sanções económicas e a retirada do Sudão da lista dos Estados considerados como favoráveis ao terrorismo.
"Não temos confiança nas promessas dos Americanos embora sejamos otimistas quando ao mandato de (Barack) Obama (Presidente dos Estados Unidos). Com a presença de um secretário de Estado de caráter independente, é possível uma melioria, mas já não contamos com isto", declarou o estadista sudanês.
-0- PANA MO/SEG/FJG/SSB/MAR/DD 20março2013
O Presidente el-Béchir, que acedeu ao poder mediante um golpe de Estado sem efusão de sangue, em junho de 1989, declarou em entrevista divulgada nos principais diários de Cartum e do Qatar não ser o candidato do partido no poder às eleições de 2015.
"Vinte anos e alguns meses no poder. É mais do que suficiente nas cirsconstâncias em que se encontram atualmente o Sudão. O povo sudanês deseja sangue novo e um novo impulso para continuar o seu desenvolvimento", declarou o estadista sudanês nesta entrevista divulgada integralmente quarta-feira pelos diários de Cartum, nomeadamente Al Rae al Am e Al Sahafa.
Desde a sua acessão ao poder, o Presidente foi reeleito pelo menos três vezes, sendo a última em 2010, um ano antes da secessão do Sudão Sul.
Durante todas as eleições precedentes, o Presidente el-Béchir insistia em dizer não desejar ficar no cargo, mas que o partido no poder o convencia a apresentar-se.
Contudo, o partido no poder, Partido do Congresso Nacional, declarou pela primeira vez , quarta-feira , que estava a pensar num outro candidato para as próximas eleições presidenciais.
Por outro lado, o Presidente el-Béchir declarou esperar um desenvolvimento económico para o seu país, como consequência dos acordos de cooperação assinados com o Sudão do Sul, nomeadamente o relativo à retomada das exportações do petróleo sul- sudanês via os territórios sudaneses do norte.
Ele indicou que as vantagens não serão unicamente as receitas petrolíferas mas que "a paz e a estabilidade entre os dois países terão um impacto positivo na economia do Sudão, bem como na do Sudão do Sul.
Ele acusou Israel de continuar a apoiar a rebelião contra o Governo sudanês, acrescentando que o seu país não normalizará as suas relações com este país.
Sobre as relações com os Estados Unidos, o Presidente el-Béchir considerou " não nos interessa termos relações tensas com os Estados Unidos de América".
No entanto, frisou, são os Americanos que não cumpriram com as suas promessas sobre o levantamento das sanções económicas e a retirada do Sudão da lista dos Estados considerados como favoráveis ao terrorismo.
"Não temos confiança nas promessas dos Americanos embora sejamos otimistas quando ao mandato de (Barack) Obama (Presidente dos Estados Unidos). Com a presença de um secretário de Estado de caráter independente, é possível uma melioria, mas já não contamos com isto", declarou o estadista sudanês.
-0- PANA MO/SEG/FJG/SSB/MAR/DD 20março2013