Agência Panafricana de Notícias

Presidente sudanês promete libertar presos políticos

Cartum, Sudão (PANA) - O Presidente sudanês, Omar Al-Bashir, aceitou em princípio a libertação de quatro eminentes presos de direitos políticos e humanos detidos desde 6 de dezembro de 2014.

Os reclusos foram acusados de terem assinado um documento anti-governamental com um movimento rebelde e outros partidos da oposição civil.

A decisão de libertar os prisioneiros foi anunciada durante uma reunião, quarta-feira à noite, entre Al-Bashir e os membros do Comité de Diálogo Nacional Preparatório composto por movimentos pró-governamentais e partidos políticos da oposição, noticiou quinta-feira a rádio oficial, Omdurman.

O diálogo nacional é um mecanismo convocado pelo Presidente Al-Bashir onde representantes de todos os partidos políticos e da oposição armada podem negociar e discutir para livrar o país do impasse político e de segurança atual.

O comité reúne líderes políticos de primeiro plano para discutir sobre as modalidades e os meios para a reunião do mecanismo e as garantias necessárias para os responsáveis dos movimentos armados que deverão vir ao Sudão para falar e depois se nenhum acordo for concluído deixar o país sãos e salvos.

A Agência Sudanesa de Notícias (SUNA) citou Busharah Juma'ah, membro do Comité, declarando que o Presidente aceitou em princípio a libertação dos quatro líderes políticos, incluindo Farouq Abu Eissa, presidente da coligação da oposição das Forças Nacionais de Consenso (NCF), em resposta a um pedido formulado pelo comité.

Na sequência da sua iniciativa e do acordo provisório do Presidente Al-Bashir, o comité vai reunir-se com as autoridades da segurança para discutir sobre a libertação dos reclusos, declarou Juma'ah.

Além de Abou Eissa, o militante dos direitos humanos Amin Mekki Medani, o membro do grupo da oposição Farah Agar no Nilo Azul e o seu assistente Mohamed al-Dood foram detidos a 6 de dezembro último após o seu regresso de Addis Abeba, na Etiópia, onde eles assinaram um documento denominado Apelo do Sudão.

Neste documento, os signatários comprometeram-se a destituir o regime do Presidente Al-Bashir por meios pacíficos.

O documento foi igualmente rubricado por um grupo de partidos da oposição, incluindo o Partido Nacional Umma (NUP), de Sadek al-Mahdi, e a Frente Revolucionária Sudanesa (SRF), composta por movimentos sudaneses de rebeldes armados.

-0- PANA MO/VAO/MTA/BEH/SOC/FK/TON 23jan2015