PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente rwandês destaca papel da inovação para ultrapassar sequelas do genocídio
Praia, Cabo Verde (PANA) – O Presidente do Rwanda, Paul Kagame, disse na cidade da Praia, em Cabo Verde, que 20 anos depois do genocídio que abalou o seu país o seu Governo tem procurado novas vias de reconstruir e recuperar o seu tecido social, num contexto de meios limitados e prioridades concorrentes, “utilizando a inovação no seu amplo sentido para fazer a diferença”, soube a PANA na capital cabo-verdiana de fonte oficial.
Paul Kagame, que participava no painel “Liderança e Inovação: Conversas com Presidentes”, no âmbito da Cimeira sobre Inovação em África (AIS), que decorre na capital cabo-verdiana, apontou como exemplo a modernização da “Gacaca”, uma prática cultural rwandesa utilizada para resolver conflitos e manter a paz e harmonia nacional, administrar a justiça e promover a verdade sobre o genocídio e os crimes então cometidos.
O Presidente rwandês, que falava quarta-feira, destacou a propósito que 52.000 tribunais de “Gacaca”, por todo o país, já julgaram dois milhões de casos, gastando menos de um milhão de dólares americanos, enquanto o Tribunal Penal Internacional para o Rwanda, criado em 2005 para os crimes de genocídio, até agora julgou, nos últimos nove anos, apenas 60 casos, a custo de dois milhões de dólares americanos.
“Gacaca pode não ser uma inovação no sentido que conhecemos da palavra, mas essa abordagem transformadora permitiu à Nação rwandesa curar e continuar a perseguir a sua transformação social”, precisou.
Paul Kagame, que participava no painel juntamente com o seu homólogo cabo-verdiano Jorge Carlos Fonseca, e os ex-Presidentes Joaquim Chissano, de Moçambique, e Pedro Pires, de Cabo Verde, afirmou ser “relevante” que as políticas de promoção da inovação em África sejam acertadas por forma a permitir a resolução dos problemas.
Neste sentido, ele sublinhou que a inovação, que tem sido definida como mentalidade, criatividade e utilização das tecnologias, deve servir para encontrar soluções para os problemas atuais e do futuro.
“Esta força impulsionadora para garantir o bom funcionamento das coisas leva-nos a criar um ambiente que seja favoravelmente à inovação para hoje e amanhã”, disse o chefe de Estado rwandês, vincando que “para as pessoas e para o Governo, isso significa conetar-se às necessidades e às aspirações dos nossos cidadãos”.
No entanto, ele alertou que “devemos continuar a olhar para as nossas próprias comunidades, para inovações internas, domésticas para resolver os nossos desafios de desenvolvimento”.
A Cimeira sobre Inovação em África, que reúne na capital cabo-verdiana mais de três centenas de participantes dos setores público, privado e universitário oriundos de 30 países africanos, termina esta quinta-feira, após três dias de trabalho.
O evento, realizado pela empresa privada cabo-verdiana Ihaba Buildings Enterprises em parceira com o Governo de Cabo Verde, o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), entre outros parceiros nacionais e internacionais, tem como objetivo colocar a “problemática da inovação” no centro da agenda de desenvolvimento de África e como “principal instrumento” da competitividade das economias africanas.
-0- PANA CS/TON 06fev2014
Paul Kagame, que participava no painel “Liderança e Inovação: Conversas com Presidentes”, no âmbito da Cimeira sobre Inovação em África (AIS), que decorre na capital cabo-verdiana, apontou como exemplo a modernização da “Gacaca”, uma prática cultural rwandesa utilizada para resolver conflitos e manter a paz e harmonia nacional, administrar a justiça e promover a verdade sobre o genocídio e os crimes então cometidos.
O Presidente rwandês, que falava quarta-feira, destacou a propósito que 52.000 tribunais de “Gacaca”, por todo o país, já julgaram dois milhões de casos, gastando menos de um milhão de dólares americanos, enquanto o Tribunal Penal Internacional para o Rwanda, criado em 2005 para os crimes de genocídio, até agora julgou, nos últimos nove anos, apenas 60 casos, a custo de dois milhões de dólares americanos.
“Gacaca pode não ser uma inovação no sentido que conhecemos da palavra, mas essa abordagem transformadora permitiu à Nação rwandesa curar e continuar a perseguir a sua transformação social”, precisou.
Paul Kagame, que participava no painel juntamente com o seu homólogo cabo-verdiano Jorge Carlos Fonseca, e os ex-Presidentes Joaquim Chissano, de Moçambique, e Pedro Pires, de Cabo Verde, afirmou ser “relevante” que as políticas de promoção da inovação em África sejam acertadas por forma a permitir a resolução dos problemas.
Neste sentido, ele sublinhou que a inovação, que tem sido definida como mentalidade, criatividade e utilização das tecnologias, deve servir para encontrar soluções para os problemas atuais e do futuro.
“Esta força impulsionadora para garantir o bom funcionamento das coisas leva-nos a criar um ambiente que seja favoravelmente à inovação para hoje e amanhã”, disse o chefe de Estado rwandês, vincando que “para as pessoas e para o Governo, isso significa conetar-se às necessidades e às aspirações dos nossos cidadãos”.
No entanto, ele alertou que “devemos continuar a olhar para as nossas próprias comunidades, para inovações internas, domésticas para resolver os nossos desafios de desenvolvimento”.
A Cimeira sobre Inovação em África, que reúne na capital cabo-verdiana mais de três centenas de participantes dos setores público, privado e universitário oriundos de 30 países africanos, termina esta quinta-feira, após três dias de trabalho.
O evento, realizado pela empresa privada cabo-verdiana Ihaba Buildings Enterprises em parceira com o Governo de Cabo Verde, o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), entre outros parceiros nacionais e internacionais, tem como objetivo colocar a “problemática da inovação” no centro da agenda de desenvolvimento de África e como “principal instrumento” da competitividade das economias africanas.
-0- PANA CS/TON 06fev2014