Agência Panafricana de Notícias

Presidente nigerino nomeia novo Governo

Niamey- Níger (PANA) -- O Presidente nigerino, Mamadou Tandja, nomeou, quarta-feira, o primeiro Governo da nascente sexta República, marcado pela recondução aos seus postos do ex-primeiro-ministro Seini Oumarou e de todos os membros da precedente equipa.
Nenhuma explicação oficial foi dada para justificar a escolha da continuidade enquanto a opinião pública aguardava por mudanças maiores.
Em conformidade com o espírito e a letra da nova Constituição, o primeiro-ministto já não é chefe do Governo mais vai garantir a coordenação das actividades governamentais depois de ter prestado juramento de fidelidade ao Presidente da República que, devido ao carácter presidencial do novo regime, concentra todos os poderes.
Seini Oumarou entregou a demissão do seu Governo terça-feira ao Presidente Tandja, na sequência da promulgação, por este, da Constituição saída do referendo de 4 de Agosto de 2009 que inaugura uma sexta República para o Níger.
Por outro lado, o Presidente Tandja assinou quarta-feira um decreto sobre a convocação, para 20 de Outubro próximo, do corpo eleitoral para as eleições legislativas.
Nos termos deste decreto, a campanha eleitoral é aberta segunda-feira a 28 de Setembro de 2009 às zero horas e encerrada domingo 18 de Outubro de 2009 às vinte e quatro (24 horas).
É a segunda vez que o Presidente Tandja convoca o corpo eleitoral para as eleições legislativas desde que ele decidiu mudar a Constituição para se manter no poder.
Ele concovou uma primeira vez o corpo eleitoral para eleições antecipadas a 20 de Agosto de 2009, mas a realização deste escrutínio tornou nula pela adopção duma nova Constituição na sequência do referendo de 4 de Agosto.
A Coordenação das Forças para a Defesa da Democracia e República (CFDR), uma coligação de partidos políticos, associações da sociedade civil e sindicatos de trabalhadores opostos ao projecto do Presidente Tandja decidiu reabilitar, a 24 de Agosto próximo, a antiga Assembleia Nacional dissolvida a 25 de Maio último por se ter oposto ao projecto de referendo constitucional.