PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente moçambicano e líder da Renamo selam acordo de paz
Maputo, Moçambique (PANA) – O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, homologaram esta sexta-feira, em Maputo, o acordo de cessação de hostilidades assinado a 24 de agosto último entre as delegações do Governo e do maior partido da oposição, em sede do diálogo político.
Assim, o documento será submetido a Assembleia da República (AR), o Parlamento moçambicano, num facto que força a convocação de uma sessão extraordinária do mais alto órgão do poder legislativo, no país, para tornar o acordo em lei.
Incorporam o documento final o memorando de entendimento que garante, entre outros aspetos, os termos de referência dos observadores militares internacionais que vão fiscalizar a cessação das hostilidades.
O acordo permitira ainda a participação de Afonso Dhlakama na campanha eleitoral, em curso, rumo às eleições presidenciais, legislativas e das assembleias provinciais de 15 de outubro próximo.
A chegada do líder da Renamo quuinta-feira, a Maputo, foi facilitada pelos embaixadores de Portugal, Itália, Estados Unidos , Botswana e Grã-Bretanha.
As delegações do Governo e da Renamo alcançaram este consenso na 75ª ronda do diálogo político, que ainda tem por discutir os dois pontos referentes à despartidarização do aparelho do Estado e aos assuntos económicos.
A assinatura do acordo contou com a presença de membros do Governo, do corpo diplomático e da sociedade civil.
Falando momentos depois de assinatura, o Presidente Armando Guebuza disse que o documento deve, de facto, iniciar com a desmilitarização das forças residuais da Renamo para integrá-las na vida civil.
“Quero saudar o nosso povo que mesmo no desespero esperou paciente e firme por este dia consciente de que a solução seria alcançada sem a força das armas”, disse.
Segundo Guebuza, a resolução deste conflito com um forte envolvimento de uma equipa de observadores moçambicanos demonstrou a capacidade endógena na resolução de diferendos.
“Com a assinatura deste acordo despertam-se legítimas expetativas do nosso povo que se resumem em uma vida melhor do que antes”, afirmou Guebuza, frisando que “todos os Moçambicanos esperam usufruir de todas as liberdades e garantias constitucionais”.
Guebuza sublinhou que a assinatura do acordo permitirá que os parceiros de desenvolvimento continuem a apoiar o país na luta contra a pobreza.
Falou da necessidade de um fundo da paz e reconciliação que vise “oferecer oportunidades de geração de renda aos desmobilizados”.
Por seu turno, o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, disse que “um possível adiamento deste compromisso, seja voluntário ou induzido, terá, sempre, consequências como pobreza, doença, fome e intolerância para a maior parte do nosso povo.”
“Quando os interesses dos representantes se sobrepõem aos interesses do povo significa que a democracia está em risco e o Estado deixa de servir o povo e fica ao serviço de um punhado de privilegiados com acesso aos corredores do poder”, afirmou Dhlakama.
Segundo Dhlakama, depois “do sonho lindo de há duas décadas, quando a paz parecia instalada e a democracia instituída para sempre, assistimos, em Moçambique, a um processo sistemático de concertação de poder”.
-0- PANA AIM/HT/IZ 05set2014
Assim, o documento será submetido a Assembleia da República (AR), o Parlamento moçambicano, num facto que força a convocação de uma sessão extraordinária do mais alto órgão do poder legislativo, no país, para tornar o acordo em lei.
Incorporam o documento final o memorando de entendimento que garante, entre outros aspetos, os termos de referência dos observadores militares internacionais que vão fiscalizar a cessação das hostilidades.
O acordo permitira ainda a participação de Afonso Dhlakama na campanha eleitoral, em curso, rumo às eleições presidenciais, legislativas e das assembleias provinciais de 15 de outubro próximo.
A chegada do líder da Renamo quuinta-feira, a Maputo, foi facilitada pelos embaixadores de Portugal, Itália, Estados Unidos , Botswana e Grã-Bretanha.
As delegações do Governo e da Renamo alcançaram este consenso na 75ª ronda do diálogo político, que ainda tem por discutir os dois pontos referentes à despartidarização do aparelho do Estado e aos assuntos económicos.
A assinatura do acordo contou com a presença de membros do Governo, do corpo diplomático e da sociedade civil.
Falando momentos depois de assinatura, o Presidente Armando Guebuza disse que o documento deve, de facto, iniciar com a desmilitarização das forças residuais da Renamo para integrá-las na vida civil.
“Quero saudar o nosso povo que mesmo no desespero esperou paciente e firme por este dia consciente de que a solução seria alcançada sem a força das armas”, disse.
Segundo Guebuza, a resolução deste conflito com um forte envolvimento de uma equipa de observadores moçambicanos demonstrou a capacidade endógena na resolução de diferendos.
“Com a assinatura deste acordo despertam-se legítimas expetativas do nosso povo que se resumem em uma vida melhor do que antes”, afirmou Guebuza, frisando que “todos os Moçambicanos esperam usufruir de todas as liberdades e garantias constitucionais”.
Guebuza sublinhou que a assinatura do acordo permitirá que os parceiros de desenvolvimento continuem a apoiar o país na luta contra a pobreza.
Falou da necessidade de um fundo da paz e reconciliação que vise “oferecer oportunidades de geração de renda aos desmobilizados”.
Por seu turno, o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, disse que “um possível adiamento deste compromisso, seja voluntário ou induzido, terá, sempre, consequências como pobreza, doença, fome e intolerância para a maior parte do nosso povo.”
“Quando os interesses dos representantes se sobrepõem aos interesses do povo significa que a democracia está em risco e o Estado deixa de servir o povo e fica ao serviço de um punhado de privilegiados com acesso aos corredores do poder”, afirmou Dhlakama.
Segundo Dhlakama, depois “do sonho lindo de há duas décadas, quando a paz parecia instalada e a democracia instituída para sempre, assistimos, em Moçambique, a um processo sistemático de concertação de poder”.
-0- PANA AIM/HT/IZ 05set2014