Agência Panafricana de Notícias

Presidente moçambicano defende parcerias para fazer do país potência em turismo

Maputo, Moçambique (PANA) – O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, destacou a necessidade de se admitirem parcerias, financiamentos e investimentos nacionais e internacionais para tornar Moçambique numa potência em turismo na região e no mundo.

O estadista moçambicano falava num encontro, quinta-feira, em Maputo, num encontro que manteve com os operadores turísticos para refletir sobre como fazer do país uma potência, "mesmo perante diversas adversidades".

“Na qualidade de pessoas que fazem o turismo, convidámo-los a trocar impressões sobre o que fazer para que o país seja de facto turístico. É só assim que o país pode sair da caixa, pois não podemos estar dentro da caixa infinitamente. Temos que abrir a caixa e sair”, disse.

Nyusi explicou que não se tratava de um encontro habitual, em que os fazedores do turismo trazem uma série de reclamações, mas para se buscarem soluções a essas reclamações, entre as quais as taxas aéreas muito elevadas, muitos impostos cobrados pelos aeroportos e falta de pessoal qualificado.

Um dos aspetos colocados como ponto da reflexão é o facto de Dubai e outras regiões serem "potência no turismo mundial, mesmo abaixo de 14 quilómetros de costa e outros sem sequer ter praias, diferentemente de Moçambique que dispõe de mais de dois mil quilómetros de linha de costa.

Dados sobre competitividade, apresentados na ocasião pelo ministro da Cultura e Turismo, Silva Dunduro, mostram que, dos 141 países avaliados em 2015, no índice global da competitividade do fórum económico, Moçambique está no lugar 130, “o que não é positivo”.

“São apontados como fatores inibidores a saúde e higiene, Tecnologias de Informação e Comunicação, qualidade dos recursos humanos, transportes terrestres e aéreos. Ao nível da região, também não estamos bem posicionados: dos 13 países que foram tomados como referência, Moçambique está na penúltima posição. São apontados como factores para isso o regime de vistos, custo das passagens aéreas”, disse Dunduro.

Face a isto, o Chefe do Estado defende ser necessário avaliar-se o que esses países têm para estarem muito acima de Moçambique.

“Temos que deixar de ser potencial país para sermos uma potência. Moçambique, como destino turístico, o que está a falhar, o que fazer e como fazer?”, indagou Nyusi.

Participaram do evento de um dia cerca de 30 personalidades, entre antigos dirigentes do sector do turismo, representantes de instituições (incluindo académicas) que lidam com o sector e entidades com experiência na área.
(AIM)
Anacleto Mercedes (ALM)/sn