PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente moçambicano condecora Timbila de Zavala
Quissico, Moçambique (PANA) – O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, condecorou segunda-feira a Timbila de Zavala com a Medalha Bagamoyo, em reconhecimento do papel que esta manifestação cultural vem assumindo na preservação dos valores culturais no país.
O ato teve lugar em Quissico, distrito de Zavala, numa cerimónia de Estado e que também coincidiu com o início da visita de trabalho de quatro dias que o Presidente da República efetua, desde segunda-feira, à província de Inhambane, sul de Moçambique.
Falando na ocasião, Guebuza deixou algumas recomendações sobre o que considera de grandes desafios com vista à preservação desta expressão cultural, que já ultrapassou as fronteiras de Zavala e de Moçambique, alcançando um reconhecimento a nível mundial com a sua proclamação pela ONU como obra-prima do Património da Humanidade.
Entre tais desafios, o chefe de Estado moçambicano destacou a necessidade de proteger os direitos dos autores, aprofundar as pesquisas, dinamizar a indústria cultural e artística e repor as espécies florestais usadas no fabrico dos instrumentos da Timbila.
Depois de passar em revista a resenha histórica da Timbila e as dificuldades que a mesma foi encarando durante os anos de colonização, Guebuza elogiou o espírito de resistência que sempre norteou os seus executores durante esse tempo e que, contra todas as contrariedades impostas pela dominação colonial, permitiu preservá-la até hoje.
“A dominação colonial sempre apelidou a Timbila uma dança ‘folclore’, mas de forma pejorativa. Apercebendo-se do caráter das mensagens das canções, eles reforçaram a vigilância contra os seus executores”, disse Guebuza, citado pela agência moçambicana de notícias (AIM).
Com a independência nacional, segundo o chefe de Estado, “libertamo-nos de todas as amarras e resgatamos o orgulho moçambicano”.
“A Timbila partilha hoje, nesta altura de globalização, os mesmos espaços com outras expressões culturais no mundo. Para nós, a globalização é um fenómeno que abre espaço onde se deve dar e receber. É uma estrada de dois sentidos”, afirmou Guebuza, vincando que este facto significa uma “partilha com toda a humanidade de tudo que nos identifica”.
Explicou que foi devido a estes factos que o Governo propôs a inscrição da Timbila como obra-prima do Património Oral e Imaterial da Humanidade, o que se concretizou a 25 de maio de 2005, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
A Timbila, uma manifestação cultural da etnia chope, maioritariamente residente na região sul da província de Inhambane, tem dimensões multifacetadas, nomeadamente instrumental, que inclui a matéria-prima utilizada, as técnicas de fabrico dos instrumentos e a constituição da orquestra, e a dimensão cultural que engloba a música e a dança.
-0- PANA DT/MZ/IZ 20maio2014
O ato teve lugar em Quissico, distrito de Zavala, numa cerimónia de Estado e que também coincidiu com o início da visita de trabalho de quatro dias que o Presidente da República efetua, desde segunda-feira, à província de Inhambane, sul de Moçambique.
Falando na ocasião, Guebuza deixou algumas recomendações sobre o que considera de grandes desafios com vista à preservação desta expressão cultural, que já ultrapassou as fronteiras de Zavala e de Moçambique, alcançando um reconhecimento a nível mundial com a sua proclamação pela ONU como obra-prima do Património da Humanidade.
Entre tais desafios, o chefe de Estado moçambicano destacou a necessidade de proteger os direitos dos autores, aprofundar as pesquisas, dinamizar a indústria cultural e artística e repor as espécies florestais usadas no fabrico dos instrumentos da Timbila.
Depois de passar em revista a resenha histórica da Timbila e as dificuldades que a mesma foi encarando durante os anos de colonização, Guebuza elogiou o espírito de resistência que sempre norteou os seus executores durante esse tempo e que, contra todas as contrariedades impostas pela dominação colonial, permitiu preservá-la até hoje.
“A dominação colonial sempre apelidou a Timbila uma dança ‘folclore’, mas de forma pejorativa. Apercebendo-se do caráter das mensagens das canções, eles reforçaram a vigilância contra os seus executores”, disse Guebuza, citado pela agência moçambicana de notícias (AIM).
Com a independência nacional, segundo o chefe de Estado, “libertamo-nos de todas as amarras e resgatamos o orgulho moçambicano”.
“A Timbila partilha hoje, nesta altura de globalização, os mesmos espaços com outras expressões culturais no mundo. Para nós, a globalização é um fenómeno que abre espaço onde se deve dar e receber. É uma estrada de dois sentidos”, afirmou Guebuza, vincando que este facto significa uma “partilha com toda a humanidade de tudo que nos identifica”.
Explicou que foi devido a estes factos que o Governo propôs a inscrição da Timbila como obra-prima do Património Oral e Imaterial da Humanidade, o que se concretizou a 25 de maio de 2005, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
A Timbila, uma manifestação cultural da etnia chope, maioritariamente residente na região sul da província de Inhambane, tem dimensões multifacetadas, nomeadamente instrumental, que inclui a matéria-prima utilizada, as técnicas de fabrico dos instrumentos e a constituição da orquestra, e a dimensão cultural que engloba a música e a dança.
-0- PANA DT/MZ/IZ 20maio2014