PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente mauritano nega ingerência em julgamento de bloguista condenado à morte
Nouakchott, Mauritânia (PANA) - O Presidente mauritano, Mohamed Ould Abdel Aziz, negou qualquer ingerência do seu Executivo no julgamento de Mohamed Ould M’Keitir, um jovem bloguista condenado à pena capital por “apostasia” por um Tribunal Penal.
Numa entrevista ao jornal francês “Le Monde”, o chefe do Estado mauritano evoca o caso dos escritos « blasfematórios », na origem da condenação do jovem pela decisão proferida pelo Tribnunal Penal de Nouadhibou, em dezembro de 2015.
A mesma infração foi requalificada em recurso como « infidelidade ou falta de fé », em abril de 2016, mas a pena continua a ser intacta.
Este caso está pendente no Tribunal Supremo, que fixou a data do seu veredito para 20 de dezembro corrente.
Por outro lado, o enviado especial do « Le Monde » lembrou ao líder mauritano a promessa duma pena severa contra o jovem bloguista na sequência da concentração de manifestantes diante da Presidência para reclamar por uma pena exemplar.
« Não posso pedir a condenação à morte de Mohamed Ould M’Kheitir, pois seria interferir num caso pendente na Justiça. Acolhi apenas Mauritanos que se manifestavam contra os escritos deste bloguista, e são eles que reclamavam pela sua condenação à morte”, disse.
Ao responder à pergunta de saber se « o pedido de condenação à morte poderia constuituir as premissas do extremismo na Mauritânia », Mohamed Ould Abdel Aziz respondeu pela negativa.
Ele lembra que se trata da expressão duma certa opinião de pessoas dedicadas à sua religião, num país 100 porcento muçulmano. "Não somos extremistas. Nós praticamos um islão moderado e tolerante", realçou.
-0- PANA SAS/IS/SOC/FK/IZ 13dez2016
Numa entrevista ao jornal francês “Le Monde”, o chefe do Estado mauritano evoca o caso dos escritos « blasfematórios », na origem da condenação do jovem pela decisão proferida pelo Tribnunal Penal de Nouadhibou, em dezembro de 2015.
A mesma infração foi requalificada em recurso como « infidelidade ou falta de fé », em abril de 2016, mas a pena continua a ser intacta.
Este caso está pendente no Tribunal Supremo, que fixou a data do seu veredito para 20 de dezembro corrente.
Por outro lado, o enviado especial do « Le Monde » lembrou ao líder mauritano a promessa duma pena severa contra o jovem bloguista na sequência da concentração de manifestantes diante da Presidência para reclamar por uma pena exemplar.
« Não posso pedir a condenação à morte de Mohamed Ould M’Kheitir, pois seria interferir num caso pendente na Justiça. Acolhi apenas Mauritanos que se manifestavam contra os escritos deste bloguista, e são eles que reclamavam pela sua condenação à morte”, disse.
Ao responder à pergunta de saber se « o pedido de condenação à morte poderia constuituir as premissas do extremismo na Mauritânia », Mohamed Ould Abdel Aziz respondeu pela negativa.
Ele lembra que se trata da expressão duma certa opinião de pessoas dedicadas à sua religião, num país 100 porcento muçulmano. "Não somos extremistas. Nós praticamos um islão moderado e tolerante", realçou.
-0- PANA SAS/IS/SOC/FK/IZ 13dez2016