Agência Panafricana de Notícias

Presidente malgaxe autoproclamado sob novas pressões internacionais

Addis Abeba- Etiópia (PANA) -- O Grupo de Contacto Internacional sobre Madagáscar reuniu-se quinta-feira em Addis Abeba para examinar as medidas a tomar contra o Presidente malgaxe Andry Rajoelina intransigente sobre qualquer compromisso para a formação dum Governo legítimo.
O presidente da Comissão da União Africana, Jean Ping, declarou não estar satisfeito com o compromisso do Presidente Rajoelina de pôr termo ao seu "regime ilegal" após vários meses de negociações.
"Declarámos a Rajoelina que o seu compromisso para um regresso à ordem constitucional não é satisfatório para a comunidade internacional", declarou Ping, aconselhando-o a proceder a todos as mudanças requeridas pelos medianeiros.
Rajoelina fez partir o Presidente eleito Marc Ravalomanana em Março de 2009 após uma longa crise política que terminou quando o Exército se colocou do seu lado obrigando o Presidente Ravalomanana a demitir-se.
Os esforços envidados desde então para se restabelecer a ordem política no país estão lentos.
"Achamos esta situação muito preocupante.
A situação económica, social e política está a deteriorar-se desde Dezembro último.
Tudo isto é agravado pelo impasse político", declarou Ping ao Grupo de Contacto Internacional.
O sub-secretário de Estado norte-americano, Karl Wycoff, participou na reunião do Grupo de Contacto bem como altos responsáveis do Ministério francês dos Negócios Estrangeiros, o que sublinha a sua importância.
Os países africanos membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas (Gabão, Nigéria, Uganda) participaram igualmente nesta reunião para discutir sobre o bloqueio das negociações destinadas a pôr termo à crise política em Madagáscar.