PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente interino presta juramento no Egito
Cairo, Egito (PANA) – O Presidente do Tribunal Constitucional, Adli Mansour, prestou juramento esta quinta-feira como Presidente interino do Egito enquanto este país da África do Norte inicia uma transição política cheia de incertezas, na sequência da destituição quarta-feira à noite pelo Exército do Presidente democraticamente eleito, Mohammed Morsi.
O chefe do Estado-Maior do Exército egípcio, o general Abdel Fattah al-Sissi, anunciou, durante um discurso televisivo, que o presidente do Tribunal Constitucional assumirá o poder interino e organizará eleições presidenciais e legislativas.
A Constituição será revista e uma lei de imprensa adotada.
O general Al-Sissi anunciou a suspensão da Constituição e a criação duma Comissão Nacional de Reconciliação que incluirá os movimentos juvenis.
A destituição de Morsi segue-se a vários dias de braço-de-ferro entre ele e a oposição, que convidou milhões de egípcios para a Praça Tahrir, no Cairo, e em várias outras cidades para reclamar pela sua demissão.
Os anti-Morsi celebraram durante toda a noite a sua destituição do poder.
O general Al-Sissi acusou Morsi, primeiro líder democraticamente eleito do país, de fracasso em responder às expetativas do povo egípcio ao aplicar a sua agenda pró-islamita em detrimento da economia nacional.
Os opositores a Morsi consideram a sua destituição como « uma revolução », mas ele e os seus adeptos falam de « golpe de Estado militar ».
Morsi, que chegou ao poder a 30 de junho de 2012, pediu aos seus apoiantes para reagir "pacificamente" e para "resistir ao golpe de Estado militar".
Os adeptos de Morsi , que estiveram em Nasr City, no leste da capital, exprimiram a sua fúria na sequência da ação dos militares.
Segundo eles, Morsi está colocado em residência vigiada e vários dos seus partidários foram detidos.
O Exército deu segunda-feira a Morsi 48 horas, um ultimato que terminou quarta-feira ao meio-dia, para resolver a crise aceitando um roteiro de reconciliação, mas ele retorquiu que o Exército não podia dar ordens a um Presidente eleito.
Os confrontos entre apoiantes de Morsi e as forças de segurança fizeram vários mortos.
A presidente da Comissão da União Africana (UA), Nkosazana Dlamini Zuma, indicou quarta-feira à noite o compromisso da organização continental de contribuir para uma resolução pacífica da crise atual no Egito.
Dlamini Zuma declarou, num comunicado divulgado pela UA pouco tempo após o anúncio pelo Exército egípcio, que tencionava enviar ao Egito, logo que possível, um grupo de eminentes personalidades africanas para discutir com os autores da vida política egípcia e ajudar na abertura dum « diálogo construtivo e responsável que ajudará o povo irmão do Egito a ultrapassar esta situação difícil ».
O comunicado indica que Dlamini-Zuma está a acompanhar estreitamente a evolução da situação no Egito, acrescentando que está particularmente preocupada com a tensão prevalecente neste país e o risco que esta situação apresenta para a sua estabilidade e a sua segurança, mas igualmente a consolidação do seu processo democrático.
A presidente da Comissão da UA, recordando a posição de princípio da UA sobre mudança anticonstitucional de regime, sublinhou a necessidade para todas as partes interessadas egípcias trabalharem para a resolução da crise atual através do diálogo, a fim de encontrar uma resposta apropriada às aspirações populares no quadro da legalidade e das instituições egípcias.
« Deste modo, o objetivo será preservar as conquistas da Revolução egípcia de 2011 e as do processo democrático, mas também chegar a um consenso nacional sobre o futuro do país », indica o comunicado.
-0- PANA MA/SEG/NFB/JSG/FK/TON 04julho2013
O chefe do Estado-Maior do Exército egípcio, o general Abdel Fattah al-Sissi, anunciou, durante um discurso televisivo, que o presidente do Tribunal Constitucional assumirá o poder interino e organizará eleições presidenciais e legislativas.
A Constituição será revista e uma lei de imprensa adotada.
O general Al-Sissi anunciou a suspensão da Constituição e a criação duma Comissão Nacional de Reconciliação que incluirá os movimentos juvenis.
A destituição de Morsi segue-se a vários dias de braço-de-ferro entre ele e a oposição, que convidou milhões de egípcios para a Praça Tahrir, no Cairo, e em várias outras cidades para reclamar pela sua demissão.
Os anti-Morsi celebraram durante toda a noite a sua destituição do poder.
O general Al-Sissi acusou Morsi, primeiro líder democraticamente eleito do país, de fracasso em responder às expetativas do povo egípcio ao aplicar a sua agenda pró-islamita em detrimento da economia nacional.
Os opositores a Morsi consideram a sua destituição como « uma revolução », mas ele e os seus adeptos falam de « golpe de Estado militar ».
Morsi, que chegou ao poder a 30 de junho de 2012, pediu aos seus apoiantes para reagir "pacificamente" e para "resistir ao golpe de Estado militar".
Os adeptos de Morsi , que estiveram em Nasr City, no leste da capital, exprimiram a sua fúria na sequência da ação dos militares.
Segundo eles, Morsi está colocado em residência vigiada e vários dos seus partidários foram detidos.
O Exército deu segunda-feira a Morsi 48 horas, um ultimato que terminou quarta-feira ao meio-dia, para resolver a crise aceitando um roteiro de reconciliação, mas ele retorquiu que o Exército não podia dar ordens a um Presidente eleito.
Os confrontos entre apoiantes de Morsi e as forças de segurança fizeram vários mortos.
A presidente da Comissão da União Africana (UA), Nkosazana Dlamini Zuma, indicou quarta-feira à noite o compromisso da organização continental de contribuir para uma resolução pacífica da crise atual no Egito.
Dlamini Zuma declarou, num comunicado divulgado pela UA pouco tempo após o anúncio pelo Exército egípcio, que tencionava enviar ao Egito, logo que possível, um grupo de eminentes personalidades africanas para discutir com os autores da vida política egípcia e ajudar na abertura dum « diálogo construtivo e responsável que ajudará o povo irmão do Egito a ultrapassar esta situação difícil ».
O comunicado indica que Dlamini-Zuma está a acompanhar estreitamente a evolução da situação no Egito, acrescentando que está particularmente preocupada com a tensão prevalecente neste país e o risco que esta situação apresenta para a sua estabilidade e a sua segurança, mas igualmente a consolidação do seu processo democrático.
A presidente da Comissão da UA, recordando a posição de princípio da UA sobre mudança anticonstitucional de regime, sublinhou a necessidade para todas as partes interessadas egípcias trabalharem para a resolução da crise atual através do diálogo, a fim de encontrar uma resposta apropriada às aspirações populares no quadro da legalidade e das instituições egípcias.
« Deste modo, o objetivo será preservar as conquistas da Revolução egípcia de 2011 e as do processo democrático, mas também chegar a um consenso nacional sobre o futuro do país », indica o comunicado.
-0- PANA MA/SEG/NFB/JSG/FK/TON 04julho2013