PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente interino da Guiné-Bissau lança apelo aos militares
Bissau- Guiné-Bissau (PANA) -- O chefe de Estado interino da Guiné- Bissau, o presidente da Assembleia Nacional Raimundo Pereira, apelou aos militares para respeitar a Constituição e as instituições democraticamente eleitas.
Durante o seu discurso de investidura terça-feira em Bissau, Raimundo Pereira prometeu organizar eleições presidenciais dentro de dois meses como prevê a Constituição do país.
"Gostaria de fazer a promessa aos Bissau-guineenses de que farei tudo o que estiver em meu poder para organizar as próximas eleições presidenciais nos prazos estabelecidos pela Constituição", assegurou.
O Presidente interino da Guiné-Bissau apelou ainda para uma reflexão sobre o processo democrático no país, deplorando o facto de que, desde as primeiras eleições democráticas em 1994, nenhum Presidente e nenhum Governo conseguiram terminar os seus mandatos.
"Devemos reflectir sobre o nosso processo de maturação democrática para procurar de forma serena, patriótica e lúcida as razões e as motivações que provocaram constantes interrupções do ciclo democrático", declarou Raimundo Pereira.
O líder interino da Guiné-Bissau falava na presença do corpo diplomático, do ministro gambiano dos Negócios Estrangeiros, Omar Alieu Touray, do ministro senegalês dos Negócios Estrangeiros, Cheikh Tidiane Gadio, do presidente da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Mohamed Ibn Chambas, do primeiro-ministro bissau-guineense, Carlos Gomes Júnior, e de membros do Governo.
Face à imprensa pouco depois da cerimónia de investidura, o ministro senegalês dos Negócios Estrangeiros, Cheikh Tidiane Gadio, instou a comunidade internacional a ajudar a Guiné-Bissau a elucidar os assassinatos do Presidente João Bernardo "Nino" Vieira e do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, o general Batista Tagmé Na Wai.
"Deve-se ajudar a Guiné-Bissau a fazer um inquérito internacional com profissionais de alto nível para saber o que aconteceu, porque o povo e a comunidade internacional precisam de saber o que aconteceu.
A única maneira de evitar que isto se repita é saber a verdade", declarou o chefe da diplomacia senegalesa.
"A CEDEAO deve tomar iniciativas e deve ser organizada uma conferência internacional sobre os problemas de estabilidade, de segurança e de desenvolvimento económico da Guiné-Bissau.
Todo o mundo viu o nascimento desta crise, mas o que fizemos para a impedir a nível da comunidade internacional? São as perguntas que o Senegal levanta", frisou.
Por seu lado, o presidente da Comissão da CEDEAO, Mohamed Ibn Chambas, congratulou-se com o respeito da ordem constitucional e democrática no país.
"Estamos muito felizes que esta investidura do Presidente interino tenha lugar, o que mostra a determinação do povo a respeitar o Estado de Direito e a sucessão constitucional.
É tudo o que pedimos à Guiné- Bissau", declarou à imprensa.
"Mas, o maior desafio para a comunidade internacional é saber o que se pode fazer para acompanhar este período de transição para que tenha êxito ao desembocar em eleições justas, livres e transparentes", sublinhou.
"O outro desafio não menos importante é a ingerência dos militares nos assuntos políticos, por isso se deve proceder à reforma do sector da segurança e da defesa para reduzir consideravelmente os efectivos" recomendou o presidente da Comissão da CEDEAO.
Durante o seu discurso de investidura terça-feira em Bissau, Raimundo Pereira prometeu organizar eleições presidenciais dentro de dois meses como prevê a Constituição do país.
"Gostaria de fazer a promessa aos Bissau-guineenses de que farei tudo o que estiver em meu poder para organizar as próximas eleições presidenciais nos prazos estabelecidos pela Constituição", assegurou.
O Presidente interino da Guiné-Bissau apelou ainda para uma reflexão sobre o processo democrático no país, deplorando o facto de que, desde as primeiras eleições democráticas em 1994, nenhum Presidente e nenhum Governo conseguiram terminar os seus mandatos.
"Devemos reflectir sobre o nosso processo de maturação democrática para procurar de forma serena, patriótica e lúcida as razões e as motivações que provocaram constantes interrupções do ciclo democrático", declarou Raimundo Pereira.
O líder interino da Guiné-Bissau falava na presença do corpo diplomático, do ministro gambiano dos Negócios Estrangeiros, Omar Alieu Touray, do ministro senegalês dos Negócios Estrangeiros, Cheikh Tidiane Gadio, do presidente da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Mohamed Ibn Chambas, do primeiro-ministro bissau-guineense, Carlos Gomes Júnior, e de membros do Governo.
Face à imprensa pouco depois da cerimónia de investidura, o ministro senegalês dos Negócios Estrangeiros, Cheikh Tidiane Gadio, instou a comunidade internacional a ajudar a Guiné-Bissau a elucidar os assassinatos do Presidente João Bernardo "Nino" Vieira e do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, o general Batista Tagmé Na Wai.
"Deve-se ajudar a Guiné-Bissau a fazer um inquérito internacional com profissionais de alto nível para saber o que aconteceu, porque o povo e a comunidade internacional precisam de saber o que aconteceu.
A única maneira de evitar que isto se repita é saber a verdade", declarou o chefe da diplomacia senegalesa.
"A CEDEAO deve tomar iniciativas e deve ser organizada uma conferência internacional sobre os problemas de estabilidade, de segurança e de desenvolvimento económico da Guiné-Bissau.
Todo o mundo viu o nascimento desta crise, mas o que fizemos para a impedir a nível da comunidade internacional? São as perguntas que o Senegal levanta", frisou.
Por seu lado, o presidente da Comissão da CEDEAO, Mohamed Ibn Chambas, congratulou-se com o respeito da ordem constitucional e democrática no país.
"Estamos muito felizes que esta investidura do Presidente interino tenha lugar, o que mostra a determinação do povo a respeitar o Estado de Direito e a sucessão constitucional.
É tudo o que pedimos à Guiné- Bissau", declarou à imprensa.
"Mas, o maior desafio para a comunidade internacional é saber o que se pode fazer para acompanhar este período de transição para que tenha êxito ao desembocar em eleições justas, livres e transparentes", sublinhou.
"O outro desafio não menos importante é a ingerência dos militares nos assuntos políticos, por isso se deve proceder à reforma do sector da segurança e da defesa para reduzir consideravelmente os efectivos" recomendou o presidente da Comissão da CEDEAO.