Agência Panafricana de Notícias

Presidente guineense preocupado com febre de ébola

Conakry, Guiné (PANA) - O Presidente guineense, Alpha Condé, afirmou, numa mensagem emitida pela rádiotelevisão, que o seu Governo está preocupado pela presença no país da epidemia da febre hemorrágica viral de ébola que já fez 72 mortos em 116 casos.

O Presidente Condé, que exprimiu as suas condolências às famílias enlutadas, revelou que a doença causou mortes no seio das camadas mais ativas do país, nomeadamente o pessoal da saúde em primeira linha para fazer face a ela.

Ele assegurou que as informações provenientes das zonas da epidemia tranquilizam o seu Governo que, segundo ele, apoiado pela comunidade internacional vai dominar a doença que se declarou em fevereiro passado na região meridional do país, a cerca de 900 quilómetros da capital, onde foi recenseada a maioria das pessoas mortas da doença.

O chefe de Estado exortou os seus compatriotas e os estrangeiros residentes na Guinè à serenidade e a confiar no pessoal médico que beneficia do apoio de 20 peritos ingleses, alemães, franceses e indianos, que estão desde quinta-feiras nas localidades de Guéckédou, Macenta, Kissidougou (Sul), o epicentro da doença.

Ele convidou igualmente as populações para o respeito estrito das medidas de higiene e saneamento e agradeceu à comunidade internacional pelos esforços consentidos para ajudar o seu país a dominar a doença.

A Organização Oeste-Africana da Saúde (OOAS), uma agência da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), ofereceu 50 mil dólares americanos para ajudar a combater a doença, enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) concedeu 40 mil dólares americanos.

O vírus da ébola transmite-se por contato direto com o sangue, as secreções, os órgãos ou líquidos biológicos dos sujeitos infetados e carateriza-se geralmente por uma rápida subida de temperatura com fraqueza intensa, mialgias, cefaleias e dores de garganta.

A doença é por vezes acompanhada por vómitos, diarreias, erupções cutâneas, insuficiência renal e hepática e hemorragia internas e externas.

Até agora não há tratamento nem vacina específica contra a febre hemorrágica de ébola.

-0- PANA AC/SSB/MAR/TON 31março2014