Presidente eleito do Burundi presta juramento perante Deus e povo soberano
Bujumbura, Burundi (PANA) - O novo Presidente eleito do Burundi, Evariste Ndayishimiye, vai ser oficialmente empossado quinta-feira pelo Tribunal Constitucional, jurando perante “Deus, o Omniponente e o povo soberano” consagrar “ todas as suas forças à defesa dos interesses superiores da nação” para os próximos sete anos, prevê a nova Constituição do país.
Esta lei fundamental, que modifica a de 2005, conserva, no entanto, o caráter “laico” mas também “soberano, democrático, unitário” com o respeito da “diversidade étnica e religiosa” dos Burundeses.
O futuro líder do país, um general reformado de 55 anos de idade, é um fervoroso crente tal como o seu predecessor, Pierre Nkurunziza, falecido de forma inesperada, a 8 de junho último, mas que ainda não foi sepultado.
Durante uma cerimónia de assinatura do livro de condolências, o general Ndayishimiye falou da "vontade divina" na origem da morte do Presidente burundês.
O debate continua na opinião dos conservadores das tradições que querem que não se entronize um novo rei, sem ter sepultado o morto.
A posse do Presidente eleito está marcada para Gitega, a nova capital política do Burundi (centro), na presença de pelo menos 400 delegados por cada uma das 18 províncias do país, de acordo com as últimas informações provenientes do comité de preparação do evento.
Poucos delegados estrangeiros são, no entanto, esperados nesta cerimónia devido à pandemia do coronavírus (covid-19 ), que preocupa cada vez mais no Burundi, depois de ter sido muito tempo minimizada pelas autoridades sanitárias do país.
Por isso, as recentes eleições gerais foram realizadas sem a menor presença de observadores internacionais.
No Burundi, a pandemia atingiu nos últimos dias o teto psicológico de uma centena de casos oficialmente confirmados, dos quais uma morte, também ligada a patologias associadas, indicou o Ministério da Saúde Pública.
A cada novo caso, as populações são chamadas a manter-se serenas, cuidar normalmente dos seus afazeres, respeitando as medidas individuais e coletivas cada vez mais negligenciadas.
-0- PANA FB/BEH/FK/IZ 17junho2020