Presidente egípcio volta a receber líder rebelde líbio
Cairo, Egito (PANA) – O Presidente egípcio recebeu quinta-feira, no Cairo, o comandante do autoproclamado Exército Nacional Líbio (LNA, sigla em inglês), Khalifa Haftar, a segunda audiência que Abdel Fattah Al-Sisi concede ao chefe da rebelião líbia desde o início da sua ofensiva pela tomada de Trípoli, em 4 de abril último.
O encontro em que o líder egípcio foi informado dos últimos desenvolvimentos da situação na Líbia, decorreu na presença do chefe do Serviço de Inteligência egípcio, Abas Kamel, segundo o porta-voz da Presidência egípcia, Bassam Ridha.
Ridha reafirmou o apoio do Egito à "luta contra o terrorismo” e aos grupos e milícias extremistas, "para realizar a segurança e a estabilidade na Líbia e o papel do Exército para o restabelecimento da legalidade, a restauração dum clima favorável a soluções políticas para responder às aspirações do povo líbio para uma vida segura e digna".
O Presidente Al-Sisi reafirmou igualmente o papel do Exército para a erradicação de "todas as formas de terrorismo e os grupos e as milícias extremistas".
O porta-voz oficial egípcio acrescentou que o marechal Haftar saudou, na ocasião, o papel do Egito, "que apoia o povo líbio em todos os níveis", sublinhando os esforços egípcios no quadro da luta contra o terrorismo e o apoio às soluções políticas dos conflitos árabes, bem como consagrar as instituições do Estado, a estabilidade e a segurança em benefício dos povos árabes".
O marechal Haftar fez igualmente uma exposição sobre os seus esforços para pôr termo às intervenções estrangeiras nos assuntos internos da Líbia "que visam introduzir armas e combatentes estrangeiros", no país, indicou ainda o porta-voz.
Esta é a segunda vez, em menos de dois meses, que o líder egípcio recebe em audiência, no Cairo, o chefe da rebelião líbia, desde o lançamento da sua ofensiva militar para a tomada da capital do país, Trípoli, em 4 de abril último.
O primeiro encontro ocorreu em meados de abril, pouco mais de uma semana depois do início dos combates em Trípoli, entre as forças do marechal Haftar e tropas fiéis ao Governo Nacional de Acordo (GNA), reconhecido pela comunidade internacional e liderado por Fayez al-Sarraj.
Desde então, a capital líbia vive violentes combates armados em que o marechar Haftar justifica a sua ofensiva como uma operação destinada a "libertar" Trípoli e toda a região oeste (Tripolitânia) da Líbia “das milícias armadas e grupos terroristas”.
De acordo com as Nações Unidas, estes combates já fizeram 443 mortos, duas mil 553 feridos dos quais 108 civis e 60 mil deslocados.
-0- PANA YY/IN/IS/MAR/IZ 09maio2019
