PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente dominicano pede maior firmeza contra golpes
Tripoli- Líbia (PANA) -- O Presidente dominicano, Leonel Fernandez, instou segunda-feira os líderes africanos a mostrar-se mais firmes na rejeição dos golpes de Estado perpetrados em várias partes do mundo onde provocam sofrimentos vários e desnecessários às populações.
O chefe de Estado dominicano falava diante de vários homólogos africanos ou seus representantes presentes na cerimónia de encerramento da sessão especial da União (UA) sobre conflitos em África realizada na capital líbia, Tripoli.
Segundo ele, os Africanos devem opor-se inequivocamente a todas as formas de violência política, incluindo a praticada fora do continente, se quiserem ser levados a sério na sua determinação a erradicar os factores de conflito e de instabilidade dentro de portas.
Como exemplo desse tipo de situações ocorridas fora do continente africano, citou o último golpe de Estado nas Honduras, para o qual pediu a solidariedade dos líderes africanos a favor do retorno à ordem constitucional neste país das Caraíbas como forma de desencorajar o flagelo golpista.
"O caso das Honduras deve preocupar os países africanos interessados por prevenir, controlar e gerir conflitos como fórmula e mecanismo de avançar até às metas da estabilidade política, da integração regional, da cooperação e do desenvolvimento sustentável", exortou.
Manuel Zelaya, investido como Presidente hondurenho em Janeiro de 2006 depois da sua eleição em Novembro do ano anterior, foi deposto pelos militares, a 28 de Junho deste ano, na sequência duma crise constitucional iniciada com o fracasso duma proposta de referendo.
Com o seu afastamento, Zelaya exilou-se na vizinha Costa Rica e o seu país foi suspenso da Organização dos Estados Americanos e nenhum Estado estrangeiro reconheceu ainda as novas autoridades lideradas pelo antigo presidente do Congresso, Roberto Mitcheleti.
Mas o Presidente dominicano considerou "inadequada" a forma como a comunidade internacional geriu até agora a crise hondurenha que ameaça engendrar um "efeito contágio ou a teoria dominó".
Para o estadista dominicano, a comunidade internacional falhou na gestão desta crise porque, explicou, apesar das condenações vindas de várias nações do mundo "nada mudou".
"Algo tem estado a funcionar inadequadamente na comunidade internacional", disse acrescentando que esta última não foi capaz até agora de "converter as suas declarações de princípios e resoluções em verdadeiras acções, credíveis, concretas e eficazes".
Por isso, Leonel Fernandez disse estar-se diante dum quadro que no futuro "terá que ser examinado com minúcia e rigor" sob pena de as nações "irem-se sucedendo pelo mesmo caminho trágico de ver evaporar-se a estabilidade, a segurança e a paz na base duma gestão inadequada na solução dum conflito interno".
"A actual crise nas Honduras tem grande transcendência política, já que o continente havia alcançado mais de três décadas de estabilidade política e esta ruptura da ordem constitucional gera um mau sinal", disse.
Recentemente, o Presidente dominicano propôs a suspensão das Honduras do Tratado de Comércio Livre entre os Estados Unidos, a América Central e a República Dominicana (DR-CAFTA, sigla em inglês) "como forma infalível para que o Presidente Manuel Zelaya regresse ao poder".
"Basta adoptar isso para, em duas ou três semanas, o Presidente Zelaya regressar", disse em Santo Domingos, numa conferência de partidos políticos das Caraíbas.
No seu entender, não se está apenas perante um problema das Honduras mas "de toda a América e do Mundo que pode dar lugar a golpes de Estado noutros países, a uma cascada de quedas de Governos democráticos, favorecendo caos, desordem, conflito e violência".
O chefe de Estado dominicano falava diante de vários homólogos africanos ou seus representantes presentes na cerimónia de encerramento da sessão especial da União (UA) sobre conflitos em África realizada na capital líbia, Tripoli.
Segundo ele, os Africanos devem opor-se inequivocamente a todas as formas de violência política, incluindo a praticada fora do continente, se quiserem ser levados a sério na sua determinação a erradicar os factores de conflito e de instabilidade dentro de portas.
Como exemplo desse tipo de situações ocorridas fora do continente africano, citou o último golpe de Estado nas Honduras, para o qual pediu a solidariedade dos líderes africanos a favor do retorno à ordem constitucional neste país das Caraíbas como forma de desencorajar o flagelo golpista.
"O caso das Honduras deve preocupar os países africanos interessados por prevenir, controlar e gerir conflitos como fórmula e mecanismo de avançar até às metas da estabilidade política, da integração regional, da cooperação e do desenvolvimento sustentável", exortou.
Manuel Zelaya, investido como Presidente hondurenho em Janeiro de 2006 depois da sua eleição em Novembro do ano anterior, foi deposto pelos militares, a 28 de Junho deste ano, na sequência duma crise constitucional iniciada com o fracasso duma proposta de referendo.
Com o seu afastamento, Zelaya exilou-se na vizinha Costa Rica e o seu país foi suspenso da Organização dos Estados Americanos e nenhum Estado estrangeiro reconheceu ainda as novas autoridades lideradas pelo antigo presidente do Congresso, Roberto Mitcheleti.
Mas o Presidente dominicano considerou "inadequada" a forma como a comunidade internacional geriu até agora a crise hondurenha que ameaça engendrar um "efeito contágio ou a teoria dominó".
Para o estadista dominicano, a comunidade internacional falhou na gestão desta crise porque, explicou, apesar das condenações vindas de várias nações do mundo "nada mudou".
"Algo tem estado a funcionar inadequadamente na comunidade internacional", disse acrescentando que esta última não foi capaz até agora de "converter as suas declarações de princípios e resoluções em verdadeiras acções, credíveis, concretas e eficazes".
Por isso, Leonel Fernandez disse estar-se diante dum quadro que no futuro "terá que ser examinado com minúcia e rigor" sob pena de as nações "irem-se sucedendo pelo mesmo caminho trágico de ver evaporar-se a estabilidade, a segurança e a paz na base duma gestão inadequada na solução dum conflito interno".
"A actual crise nas Honduras tem grande transcendência política, já que o continente havia alcançado mais de três décadas de estabilidade política e esta ruptura da ordem constitucional gera um mau sinal", disse.
Recentemente, o Presidente dominicano propôs a suspensão das Honduras do Tratado de Comércio Livre entre os Estados Unidos, a América Central e a República Dominicana (DR-CAFTA, sigla em inglês) "como forma infalível para que o Presidente Manuel Zelaya regresse ao poder".
"Basta adoptar isso para, em duas ou três semanas, o Presidente Zelaya regressar", disse em Santo Domingos, numa conferência de partidos políticos das Caraíbas.
No seu entender, não se está apenas perante um problema das Honduras mas "de toda a América e do Mundo que pode dar lugar a golpes de Estado noutros países, a uma cascada de quedas de Governos democráticos, favorecendo caos, desordem, conflito e violência".