PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente do Sudão ordena libertação de todos jornalistas detidos
Cartum, Sudão ( PANA) – O Presidente sudanês, Omar Hassan el-Béchir, ordenou a libertação de todos os jornalistas presos pelas autoridades de segurança por razões políticas e os que se encontram em julgamento, soube a PANA domingo em Cartum.
"Tomamos esta medida em sinal de respeito pela liberdade de imprensa. Necessitamos duma imprensa livre e responsável", declarou el-Béchir no fim de semana, durante uma reunião promovida em Cartum pelo diário independente "Al Khabar".
Nenhuma precisão foi dada sobre o número de jornalistas em detenção na altura da amnistia anunciada pelo Presidente el-Béchir, mas a PANA soube que cerca de seis jornalistas em serviço na Rádio Dabanga, sediada nos Países Baixos, estão detidos, para além de alguns administradores acusados de cumplicidde com os movimentos rebeldes armados em Darfur.
Um dos mais célebres é Gaffar AlSabaki, que trabalha igualmente para o diário independente "Al Sahafa".
Dois dias antes, beneficiou igualmente desta medida Abu Zarr Al Amin, um outro jornalista do diário "Rai Al Shaab", afiliado ao Partido do Congresso Nacional Popular liderado por Hassan Turabi, militante islamita e antigo mentor do atual regime.
"Sejam quais forem as razões, pensamos que um jornalista não deve ser aprisionado e os que têm queixas deverão dirigir-se ao tribunal para compensação. Não cremos que os jornalistas sejam anjos e não cometam erros. Neste caso, que as pessoas incriminadas se dirijam ao tribunal", declarou domingo à PANA o secretário-geral do Sindicato dos Jonalistas do Sudão, Fatih Sayed.
Mais de cinco mil jornalistas aderiram ao sindicato de jornalistas, divididos em 54 revistas políticas e económicas, diários e jornais desportivos, principalmente baseados no Estado de Cartum, no centro do Sudão.
No início do ano, o Governo levantou a censura pré-impressão que instituiu a aprovação prévia dos diários por um oficial do Governo, geralmente um agente da segurança, antes da sua impressão, para se certificar de que não contêm nenhuma informação suscetível de prejudicar o interesse nacional.
Contudo, a lei atualmente em vigor permite ainda ao Governo apreender qualquer jornal antes da sua publicação, sem obrigação de justificar a sua decisão.
Na semana passada, o Comité de Proteção dos Jornalistas divulgou um comunicado que revela as suas preocupações após a persistente violação da liberdade de imprensa no Sudão.
O CPJ afirmou que, em agosto passado, os serviços de segurança do Sudão apreenderam dois jornais na altura em que o Parlamento se preparava para aprovar uma nova lei que comporta provavelmente mais restrições.
Sem autorização oficial, os jornais ou os correspondentes da imprensa estrangeira não podem excercer atividade jornalística no Sudão e o Governo pode igualmente retirar tais autorizações.
-0- PANA MO/BOS/ASA/TBM/IBA/MAR/IZ 29agosto2011
"Tomamos esta medida em sinal de respeito pela liberdade de imprensa. Necessitamos duma imprensa livre e responsável", declarou el-Béchir no fim de semana, durante uma reunião promovida em Cartum pelo diário independente "Al Khabar".
Nenhuma precisão foi dada sobre o número de jornalistas em detenção na altura da amnistia anunciada pelo Presidente el-Béchir, mas a PANA soube que cerca de seis jornalistas em serviço na Rádio Dabanga, sediada nos Países Baixos, estão detidos, para além de alguns administradores acusados de cumplicidde com os movimentos rebeldes armados em Darfur.
Um dos mais célebres é Gaffar AlSabaki, que trabalha igualmente para o diário independente "Al Sahafa".
Dois dias antes, beneficiou igualmente desta medida Abu Zarr Al Amin, um outro jornalista do diário "Rai Al Shaab", afiliado ao Partido do Congresso Nacional Popular liderado por Hassan Turabi, militante islamita e antigo mentor do atual regime.
"Sejam quais forem as razões, pensamos que um jornalista não deve ser aprisionado e os que têm queixas deverão dirigir-se ao tribunal para compensação. Não cremos que os jornalistas sejam anjos e não cometam erros. Neste caso, que as pessoas incriminadas se dirijam ao tribunal", declarou domingo à PANA o secretário-geral do Sindicato dos Jonalistas do Sudão, Fatih Sayed.
Mais de cinco mil jornalistas aderiram ao sindicato de jornalistas, divididos em 54 revistas políticas e económicas, diários e jornais desportivos, principalmente baseados no Estado de Cartum, no centro do Sudão.
No início do ano, o Governo levantou a censura pré-impressão que instituiu a aprovação prévia dos diários por um oficial do Governo, geralmente um agente da segurança, antes da sua impressão, para se certificar de que não contêm nenhuma informação suscetível de prejudicar o interesse nacional.
Contudo, a lei atualmente em vigor permite ainda ao Governo apreender qualquer jornal antes da sua publicação, sem obrigação de justificar a sua decisão.
Na semana passada, o Comité de Proteção dos Jornalistas divulgou um comunicado que revela as suas preocupações após a persistente violação da liberdade de imprensa no Sudão.
O CPJ afirmou que, em agosto passado, os serviços de segurança do Sudão apreenderam dois jornais na altura em que o Parlamento se preparava para aprovar uma nova lei que comporta provavelmente mais restrições.
Sem autorização oficial, os jornais ou os correspondentes da imprensa estrangeira não podem excercer atividade jornalística no Sudão e o Governo pode igualmente retirar tais autorizações.
-0- PANA MO/BOS/ASA/TBM/IBA/MAR/IZ 29agosto2011