PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente do Parlamento líbio demite-se com "consciência tranquila"
Tripoli, Líbia (PANA) – O presidente do Congresso Nacional Geral líbio (CNG, Parlamento), Mohamed al-Megréyef, pediu a sua demissão terça-feira à noite na sequência da adoção da lei sobre a exclusão política dos responsáveis do ex-regime.
« Eu deixo-vos de cabeça erguida e com uma consciência tranquila. Consagrei toda a minha energia ao serviço da nação », declarou o responsável do Parlamento numa longa mensagem de amargura retransmitida pela Televisão.
Mohamed al-Megréyef, que passou 31 anos no exílio como opositor ao regime de Kadafi, condenou a atitude dos membros do Parlamento que cedem aos caprichos das suas tribos ou das unidades dos ex-rebeldes às quais eles pertenciam para exercer pressões e impor decisões aos seus camaradas.
Ele evocou igualmente as dificuldades que a nova Líbia enfrenta para realizar a estabilidade e a democracia.
Criticou a imprensa, acusada de desvirtuar a verdade e fugir às suas responsabilidades ao ceder à corrupção, suscitando e amplificando as divergências entre personalidades, encorajando considerações partidárias, regionais e tribais.
Mohamed al-Mégreyef insurgiu-se contra as violações dos direitos e os desvios de fundos públicos, como "atos nefastos que não têm nada a ver com a Revolução".
Obrigado a demitir-se, Al-Megréyef aparece hoje aos olhos de vários observadores como um símbolo do aspeto negativo da controversa lei sobre a exclusão política que poderá esvaziar a Líbia dos seus quadros competentes.
A sua demissão é definitiva, segundo o regulamento interno do Congresso Nacional Geral, que, lembre-se, adotou, a 5 de maio último, a lei sobre a exclusão política de todos os que ocuparam funções importantes sob o regime de Kadafi.
Mohamed al-Megréyef, que foi embaixador sob o regime de Kadafi, é um economista titular de um doutoramento em finanças obtido na Grã-Bretanha.
Ele criou, nos anos 80, em colaboração com outros opositores, a Frente Líbia de Salvação Nacional, que tentou várias vezes desestabilizar o regime de Kadafi através de golpes de Estado militares.
Segundo o representante das Nações Unidas na Líbia, Tarek Mitri, a lei sobre a exclusão política vai impedir algumas instituições e estruturas estatais de beneficiar das competências de personalidades experientes que serão difíceis a substituir.
-0- PANA AD/IN/JSG/FK/IZ 29maio2013
« Eu deixo-vos de cabeça erguida e com uma consciência tranquila. Consagrei toda a minha energia ao serviço da nação », declarou o responsável do Parlamento numa longa mensagem de amargura retransmitida pela Televisão.
Mohamed al-Megréyef, que passou 31 anos no exílio como opositor ao regime de Kadafi, condenou a atitude dos membros do Parlamento que cedem aos caprichos das suas tribos ou das unidades dos ex-rebeldes às quais eles pertenciam para exercer pressões e impor decisões aos seus camaradas.
Ele evocou igualmente as dificuldades que a nova Líbia enfrenta para realizar a estabilidade e a democracia.
Criticou a imprensa, acusada de desvirtuar a verdade e fugir às suas responsabilidades ao ceder à corrupção, suscitando e amplificando as divergências entre personalidades, encorajando considerações partidárias, regionais e tribais.
Mohamed al-Mégreyef insurgiu-se contra as violações dos direitos e os desvios de fundos públicos, como "atos nefastos que não têm nada a ver com a Revolução".
Obrigado a demitir-se, Al-Megréyef aparece hoje aos olhos de vários observadores como um símbolo do aspeto negativo da controversa lei sobre a exclusão política que poderá esvaziar a Líbia dos seus quadros competentes.
A sua demissão é definitiva, segundo o regulamento interno do Congresso Nacional Geral, que, lembre-se, adotou, a 5 de maio último, a lei sobre a exclusão política de todos os que ocuparam funções importantes sob o regime de Kadafi.
Mohamed al-Megréyef, que foi embaixador sob o regime de Kadafi, é um economista titular de um doutoramento em finanças obtido na Grã-Bretanha.
Ele criou, nos anos 80, em colaboração com outros opositores, a Frente Líbia de Salvação Nacional, que tentou várias vezes desestabilizar o regime de Kadafi através de golpes de Estado militares.
Segundo o representante das Nações Unidas na Líbia, Tarek Mitri, a lei sobre a exclusão política vai impedir algumas instituições e estruturas estatais de beneficiar das competências de personalidades experientes que serão difíceis a substituir.
-0- PANA AD/IN/JSG/FK/IZ 29maio2013