Presidente do MDFM-UL demite-se após derrota nas legislativas em Sâo Tomé e Príncipe
São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - O presidente do Movimento Democrático Força da Mudança-União Liberal (MDFM-UL), Miguel Gomes, demitiu-se das suas funções por causa dos maus resultados alcançados pelo partido nas eleições legislativas, autárquicas e regionais de 25 setembro último, anunciou ele próprio.
“Faço uso da palavra pela última vez, na qualidade de presidente do partido MDFM-UL", declarou o também o padre Miguel Gomes, reiterando que os últimos resultados eleitorais não foram satisfatórios.
No seu entender, “são sinais claros de que o partido precisa de um novo folego.”
Gomes ressaltou ainda que os objetivos pelos quais lutou, nos últimos meses, desde que assumiu a liderança desta força política, “não são possíveis alcançar.”
Sublinhou, por isso, que chegou a hora de abandonar a liderança do partido de inspiração do ex-Presidente são-tomense, Fradique de Menezes (de 2001 a 2011), que o apoiou na reta final do mesmo escrutínio.
“Hoje, o partido precisa claramente de um novo líder. Estou convicto de que o processo para o escolher deve começar já”, garantiu.
O MDFM-UL associou-se ao partido "Movimento Basta!" e à UDD (União para o Desenvolvimento Democrático), numa coligação pós-eleitoral, que visa associar os votos do MDFM, o que implicaria a redução dos mandatos da ADI.
No mesmo comunicado, Miguel Gomes felicitou a ADI (Ação Democrática Independente) e o seu líder, Patrice Trovoada, pela maioria absoluta alcançada nas legislativas de 25 de setembro em São Tomé e Príncipe.
Porém, Trovoada criticou-o por ter sido “desonesto” depois de o seu partido ter beneficiado de um apoio financeiro nestas eleições.
Trovoada acrescentou ter pedido o apoio do MDFM para a próxima legislatura, mas Gomes contra-atacou-o, alegando que o líder da ADI faltou com a verdade.
-0- PANA RMG/DD 06out2022