Presidente da Líbia realiza digressão pela Europa
Tripoli, Líbia (PANA) – O presidente do Conselho Presidencial do Governo líbio de União Nacional, Fayez al-Sarraj, inicia, esta terça-feira, uma digressão europeia que o conduzirá à Itália, à Alemanha, à França e à Grã- Bretanha, soube a PANA de fonte segura em Tripoli.
A viagem de al-Sarraj visa revelar a posição do seu Governo relativamente à escalada militar que deve terminar com a retirada das tropas beligerantes de Khalifa Hafter, autoproclamado comandante do Exército Nacional líbio, e o seu regresso às suas posições anteriores, no leste do país.
A Itália é a primeira etapa deste périplo, cujo itinerário é sucessivamente a Alemanha, a França e a Grã-Bretanha para beneficiar de um apoio reforçado destes países europeus ao Governo de União Nacional, indicou segunda-feira uma fonte no ministério líbio dos Negócios Estrangeiros.
Trata-se da primeira digressão pelo estrangeiro de al-Sarraj, desde 4 de abril, data do início dos combates, na periferia de Tripoli, entre as suas forças baseadas na cidade capital, e as do marechal Khalifa Haftar, entricheiradas em Benghazi, no leste do país.
A imprensa italiana anunciou, segunda-feira, que o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, se ia reunir esta terça-feira com Fayez al-Sarraj, em Roma, a cidade capital italiana, sem dar mais detalhes.
Conte manteve, nos últimos dias, várias conversas telefónicas com al-Sarraj sobre o desenvolvimento da situação na Líbia.
O enviado das Nações Unidas na Líbia, Gassan Salamé, acaba de regressar de uma digressão que o conduziu à Tunísia, à Itália e à França, onde tentou convergir as posições dos países visitados sobre a Líbia a fim de obter um cessar-fogo, depois do fiasco, domingo último, do Conselho de Segurança das Nações Unidas para adotar uma resolução que pusesse termo aos confrontos perto de Tripoli, responsáveis por 392 mortos, mil e 986 feridos e 50 mil deslocados.
A Líbia está confrontada com uma insegurança e caos político-militares, desde o derrube, em agosto de 2011, do então regime de Muamar Kadafi, após 42 anos de poder ditatorial.
-0- PANA BY/BEH/SOC/MAR/DD 06maio2019