PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente da Guiné-Conakry, um herói abençoado, dizem seus compatriotas
Sékouba Konaté- cerca de 40 anos de idade, que fala alto e pouco, tornou--se em tão pouco tempo, na matéria de todas as dicussões pela "sua franqueza e seu espírito aberto" bem como pela sua determinação a organizar "eleições limpas e incontestáveis".
"Um oficial deve cumprir com a sua palavra", disse recentemente no campo Alpha Yaya (Quartel-Geral do Exército), sede da junta no poder desde a 23 de Dezembro de 2008, onde discursou sobre a reforma das forças de defesa e segurança, bem como sobre o processo democrático.
Estas declarações, que retomam a quinta-essência do compromisso assumido aquando da tomada do poder, continuam a dar que falar a todas esferas da capital.
Mesmo se o general Konaté gosta de ser discreto e falar pouco, deseja no entanto abrir o jogo a todo o mundo com vista a "uma presidencial incontestável", prevista para 27 de Junho próximo.
Ele pediu recentemente ao primeiro-ministro, Jean Marie Doré, e à presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT), Hadja Rabiatou Sérah Diallo, para tomarem todas as medidas para o cumprimento do calendário do escrutínio de 27 de Junho.
Estas declarações não deixam o jovem cambista Moustapha D.
um dos admiradores daquele que foi proclamado, há bem pouco tempo, por muitos dos seus compatriotas "o héroi abençoado" por ter dito que o lugar dos militares é nas casernas e não no terreno político reservado aos civis.
"O presidente da transição não precisa de nada para remediar o seu défice de legitimidade", assegura Moustapha, originário de Gaoual, a cerca de 400 quilómetros de Conakry, donde partiu há mais de duas décadas para se instalar na capital com vista a "enriquecer-se".
Ele acrescentou que o povo quer Konaté pela constância das suas tomadas de posição.
O seu colega Souleymane estima que, há mais de 50 anos de independência, vive numa terra de dor e miséria e acrescenta no entanto que "é só o general Sékouba Konaté que não reprime a liberdade de expressão, um produto raro na Guiné".
Na sua opinião, esta postura do general Konatée "é uma frustração nomeadamente para os militares nas casernas que estimam que ainda não chegou o tempo de ceder o poder aos civis".
Os dois jovens cambistas declaram-se terem sido desemparados, como todos os seus compatriotas, pelo regime militar do falecido Presidente Lansana Conté "que não rspeitou o seu juramento por se ter ocupado apenas dele próprio e dos seus parentes que se enriqueceram ilicitamente em vez de pensar nas populações".
O seu sucessor de pouca dura, Moussa Dadis Camara, estava a fazer a mesma coisa, prosseguiram.
O general Konaté "faz discursos progressistas", estima, por sua vez, Mariam T, jovem informática que se diz pronta para votar a 27 de Junho pela primeira vez, a fim de participar na eleição dum presidente legítimo que, segundo ela, poderá ajudar a Guiné-Conakry a instaurar "uma verdadeira democracia" susceptível de salvaguardar o país do declínio agudo.
Porém, este entusiasmo não é partilhado por todo mundo, pois segundo alguns observadores, as eleições terão lugar num clima tenso devido ao regionalismo e etnocentrismo que desdobraram os seus tentáculos no país tornando-se num pomo de discórdia.
Apesar desta dissonância, "preferimos o silêncio de El Tigre à loquacidade de Dadis que fez da Rádio Televisão Guineense um bem pessoal para veicular o seu populismo (.
.
).
Foi-se embora com todos os seus lacaios vís que o convenciam a apresentar-se nas presidenciais e permanecer no poder", ressaltou Mamadou S, jornalista, que se congratulou com a retirada progressivamente dos cartazes gigantes de Dadis das principais ruas da capital.
Do lado dos apoiantes de Dadis, denuncia-se "um golpe de Estado de Sékouba" contra ou seu amigo e patrão.
Se Sékouba é considerado como "um héroi abençoado", alguns dos seus compatriotas perguntam-se sobre as razões da permanência, na sua comitiva, do capitão Claude Pivi "Coplan", ministro de Estado encarregue da Segurança Presidencial, e do tenente-coronel Moussa Tiégboro Camara, ministro encarregue da Luta Anti-Droga e contra o Grande Banditismo.
Estes dois governantes em causa são acusados de ter desempenhado um "papel preponderante" nos massacres de 28 de Setembro último no estádio Conakry onde mais de 120 militantes da oposição foram mortos pelas forças de ordem.
"Um oficial deve cumprir com a sua palavra", disse recentemente no campo Alpha Yaya (Quartel-Geral do Exército), sede da junta no poder desde a 23 de Dezembro de 2008, onde discursou sobre a reforma das forças de defesa e segurança, bem como sobre o processo democrático.
Estas declarações, que retomam a quinta-essência do compromisso assumido aquando da tomada do poder, continuam a dar que falar a todas esferas da capital.
Mesmo se o general Konaté gosta de ser discreto e falar pouco, deseja no entanto abrir o jogo a todo o mundo com vista a "uma presidencial incontestável", prevista para 27 de Junho próximo.
Ele pediu recentemente ao primeiro-ministro, Jean Marie Doré, e à presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT), Hadja Rabiatou Sérah Diallo, para tomarem todas as medidas para o cumprimento do calendário do escrutínio de 27 de Junho.
Estas declarações não deixam o jovem cambista Moustapha D.
um dos admiradores daquele que foi proclamado, há bem pouco tempo, por muitos dos seus compatriotas "o héroi abençoado" por ter dito que o lugar dos militares é nas casernas e não no terreno político reservado aos civis.
"O presidente da transição não precisa de nada para remediar o seu défice de legitimidade", assegura Moustapha, originário de Gaoual, a cerca de 400 quilómetros de Conakry, donde partiu há mais de duas décadas para se instalar na capital com vista a "enriquecer-se".
Ele acrescentou que o povo quer Konaté pela constância das suas tomadas de posição.
O seu colega Souleymane estima que, há mais de 50 anos de independência, vive numa terra de dor e miséria e acrescenta no entanto que "é só o general Sékouba Konaté que não reprime a liberdade de expressão, um produto raro na Guiné".
Na sua opinião, esta postura do general Konatée "é uma frustração nomeadamente para os militares nas casernas que estimam que ainda não chegou o tempo de ceder o poder aos civis".
Os dois jovens cambistas declaram-se terem sido desemparados, como todos os seus compatriotas, pelo regime militar do falecido Presidente Lansana Conté "que não rspeitou o seu juramento por se ter ocupado apenas dele próprio e dos seus parentes que se enriqueceram ilicitamente em vez de pensar nas populações".
O seu sucessor de pouca dura, Moussa Dadis Camara, estava a fazer a mesma coisa, prosseguiram.
O general Konaté "faz discursos progressistas", estima, por sua vez, Mariam T, jovem informática que se diz pronta para votar a 27 de Junho pela primeira vez, a fim de participar na eleição dum presidente legítimo que, segundo ela, poderá ajudar a Guiné-Conakry a instaurar "uma verdadeira democracia" susceptível de salvaguardar o país do declínio agudo.
Porém, este entusiasmo não é partilhado por todo mundo, pois segundo alguns observadores, as eleições terão lugar num clima tenso devido ao regionalismo e etnocentrismo que desdobraram os seus tentáculos no país tornando-se num pomo de discórdia.
Apesar desta dissonância, "preferimos o silêncio de El Tigre à loquacidade de Dadis que fez da Rádio Televisão Guineense um bem pessoal para veicular o seu populismo (.
.
).
Foi-se embora com todos os seus lacaios vís que o convenciam a apresentar-se nas presidenciais e permanecer no poder", ressaltou Mamadou S, jornalista, que se congratulou com a retirada progressivamente dos cartazes gigantes de Dadis das principais ruas da capital.
Do lado dos apoiantes de Dadis, denuncia-se "um golpe de Estado de Sékouba" contra ou seu amigo e patrão.
Se Sékouba é considerado como "um héroi abençoado", alguns dos seus compatriotas perguntam-se sobre as razões da permanência, na sua comitiva, do capitão Claude Pivi "Coplan", ministro de Estado encarregue da Segurança Presidencial, e do tenente-coronel Moussa Tiégboro Camara, ministro encarregue da Luta Anti-Droga e contra o Grande Banditismo.
Estes dois governantes em causa são acusados de ter desempenhado um "papel preponderante" nos massacres de 28 de Setembro último no estádio Conakry onde mais de 120 militantes da oposição foram mortos pelas forças de ordem.