Presidente da Federação Cabo-verdiana de Futebol nega incorrer em esquema ilícito na CAF
Praia, Cabo Verde (PANA) - O presidente da Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF), Mário Semedo, desmentiu, quarta-feira, a sua participação num alegado esquema ilícito junto da Confederação Africana de Futebol (CAF) para benefícios pessoais na ordem de 20 mil dólares americanos, apurou a PANA, na cidade da Praia, de fonte segura.
O desmentido do líder da FCF segue-se à publicação de uma noticia da Reuter, agência britânica de notícias, a denunciar a corrupção no seio da CAF que partiu do então secretário-geral, Amr Fahmy, e que acusa o presidente da CAF, Ahmad Ahmad, de depositar 20 mil dólares americanos em contas bancárias dos presidentes das Federações de Futebol de Cabo Verde e da Tanzânia, numa altura que os dois países disputavam as eliminatórias para CAN’2019.
Em comunicado enviado à imprensa, Mário Semedo “esclarece que, no mês de maio de 2017, a assembleia-geral da CAF e o Comité Executivo da mesma aprovaram, por unanimidade, a atribuição de uma subvenção de 100 mil dólares americanos às federações filiadas, dos quais 20 mil seriam destinados, a título de remuneração, aos presidentes dessas federações”.
De acordo ainda com o documento, “o montante transferido pela CAF para o presidente da FCF, bem como para os presidentes das outras federações africanas de futebol, desde 2017, foi efetuado em cumprimento de decisões tomadas pela assembleia-geral e pelo Comité Executivo da CAF, duas superiores instâncias da referida Confederação”.
Por isto, o líder da FCF considerou, na nota, que “a situação em causa é absolutamente clara e lícita” e que “não existem quaisquer irregularidades neste âmbito”.
A nota da FCF justifica o desmentido de Mario Semedo pelo facto do seu presidente estar envolvido, através das redes sociais, “neste esquema ilícito”, na sequência de “um conflito que opõe o ex-secretário-geral da CAF ao presidente da mesma instituição, e que culminou com o afastamento do Amr Fahmy”.
No rol desta denúncia, o ex-secretário-geral acusa ainda o presidente da CAF de ter lesado os cofres desta instituição, em 850 mil dólares, na compra extra de equipamentos via companhia francês Tactical Steel para além de 400 mil dólares na compra de viaturas no Egito e Madagáscar, e dum assédio sexual contra quatro quadros femininos da CAF.
-0- PANA CS/DD 18abril2019