Presidente da CEDEAO pede celeridade na resolução da crise no Mal
Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - O chefe de Estado do Níger e presidente em exercício da CEDEAO, Mahamadou Issoufou, pediu uma maior celeridade nas diligências para resolver a crise, no Mali, onde "os riscos são grandes".
O estadista falava segunda-feira na abertura da cimeira extraordinária da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) sobre a crise sociopolítica no Mali.
"O tempo corre e os riscos são grandes", declarou Mahamadou Issoufou, na cimeira realizada por videoconferência, em Ouagadougou, segundo um comunicado da Presidência do Burkina Faso.
A ambição dos chefes de Estado da Comunidade é encontrar um modus vivendi entre os protagonistas da crise maliana, a fim de evitar um colapso do país, explicou no seu discurso de abertura.
"Tenho a esperança de que alcançaremos soluções concertadas aceites por todos os protagonistas, para uma saída rápida da crise", escreveu por seu turno o Presidente do Burkina, Faso Roch Marc Christian Kaboré, precisando que "a estabilidade do Mali é importante para todos os países da região, neste contexto de luta contra o terrorismo e a criminalidade transfronteiriça".
Desde as controversas eleições legislativas de abril passado, o Mali, que já enfrenta uma crise de segurança ligada a ataques terroristas desde 2012, está confrontada com manifestações de rua para contestar os resultados eleitorais.
Estas manifestações, lideradas por organizações da sociedade civil e partidos políticos da oposição, agora exigem reformas profundas, nomeadamente a demissão do Presidente Ibrahim Boubacar Keïta e a formação de novo Governo.
As negociações iniciadas pelos enviados da CEDEAO na semana passada fracassaram.
-0- PANA TNDD/BEH/MAR/IZ 27julho2020