Agência Panafricana de Notícias

Presidente da CEDEAO considera "grave" situação na Guiné-Bissau

Niamey, Níger (PANA) – O Presidente do Níger, Issoufou Mahamadou, atual presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) qualificou de "grave" a situação atualmente prevalecente na Guiné Bissau, "com consequências desastrosas para o país e para a sub-região".

Mahamadou presidia, sexta-feira, em Niamey, à cerimónia oficial de abertura de uma cimeira extraordinária de chefes de Estado e de Governo da CEDEAO consagrada à situação de crise política e institucional na Guiné-Bissau.

Esta conferência de um dia foi convocada para os dirigentes oeste-africanos examinarem os relatórios de um comité ministerial de alto nível que esteve em Bissau, a 3 de novembro de 2019, para avaliar a situação política do país.

O comité teve igualmente como missão examinar o estado da aplicação das decisões tomadas na 55ª cimeira dos chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, organizada a 29 de junho de 2019, em Abuja, na Nigéria.

Os chefes de Estado refletiram sobre como  garantir um acompanhamento da situação na Guiné-Bissau para organizar eleições pacíficas, credíveis e transparentes, a 24 de novembro de 2019, em conformidade com as disposições do Protocolo Adicional de 2001 da CEDEAO sobre a Democracia e a Boa Governação.

No seu discurso de abertura, o Presidente Issoufou Mahamadou agradeceu aos dirigentes oeste-africanos cuja participação no encontro descreveu como um "sinal manifesto” do seu compromisso de garantir a paz e a estabilidade da sub-região e da sua dedicação aos valores comuns e normas adotadas pela CEDEAO.

Segundo Mahamadou, a Guiné Bissau, um Estado-membro da CEDEAO, vive atualmente "uma situação de crise política e institucional grave, com consequências desastrosas para este país e para a sub-região".

O Presidente em exercício da CEDEAO sublinhou que a cimeira deve enviar aos protagonistas da Guiné-Bissau uma mensagem clara de que a CEDEAO "não pode tolerar, por qualquer razão que seja, a desestabilização de um Estado-membro”.

Lembrou que o Comité Ministerial de Acompanhamento da CEDEAO, que esteve no terreno, reagiu com firmeza, denunciando esta derrapagem e pediu, em nome da  organização, a continuação do processo eleitoral seguindo o calendário consensualmente decidido.

-0- PANA SA/BEH/MAR/IZ 08nov2019